Olá pessoal!
Uma pessoa muito importante no mundo da moda que faleceu recentemente André Brett.
De família de imigrantes
húngaros, André chegou ao Brasil aos 4 anos. Seu pai, Estevão, abriu em 1953
a Vila Romana,
que mudaria o mercado de roupa masculina no Brasil. Aos 17, André começou a
trabalhar com o pai e acabou comandando operações pioneiras como a abertura,
por licenciamento, de marcas como Pierre Cardin (em
1970), Yves Saint Laurent, Pierre Balmain, Valentino, Calvin Klein e Christian Dior. Cardin chegou a vir
ao Brasil em 1987 e inaugurou na
então nova sede da Vila Romana, o Museu Estevão Brett, homenagem ao patriarca que já havia
morrido.
O Brasil era um mercado
fechado para a importação e a Vila Romana tinha então a “licença” de confeccionar
e comercializar a coleção masculina dessas marcas. Foram 20 anos de crescimento
e expansão, com recursos inovadores, faturamento de US$ 120 milhões. Até que
veio o Plano
Collor, que sequestrou a conta bancária de todos os
brasileiros. As consequências desastrosas na economia do país refletiram
diretamente sobre o business dos Brett, que acabaram encerrando a Vila Romana.
Mais uma vez, como eu disse antes, André se reinventou. A moda masculina e o
mercado de luxo no Brasil devem muito a ele.
O empresário André Brett morreu em SP aos 77 anos, vítima de leucemia e acidente vascular cerebral.
André era um apreciador do luxo, mas não de frescuras e muito menos de ostentação. Não é à toa que batalhou pra trazer a Giorgio Armani para o Brasil, marca que representava esse estilo. Na primeira fase, em 1993, ele confeccionava aqui e as peças eram aprovadas pelo signore Armani em Milão. Mas a operação era cara e complicada demais e logo fechou. Quatro anos depois, lá estava aquele André (que não queria mais saber da “desgraçada da moda”) de volta ao mercado, agora com a operação da Emporio Armani e seu famoso Café, sempre na região dos Jardins, em parceria com a família Fasano. Com a sócia Michelle Nasser, André trouxe também a Armani Exchange, a Ermenegildo Zegna, D&G (da Dolce & Gabbana), Tod’s e Canali. O mercado de luxo foi amadurecendo no Brasil e muitas marcas resolveram assumir sua operação no país.
https://www.lilianpacce.com.br/moda/morre-andre-brett-empresario-fundamental-na-historia-da-moda-masculina-no-brasil/
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