Mulher na história: Rainha Elizabeth II - RENATA FONSECA

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Mulher na história: Rainha Elizabeth II

Olá pessoal!
Virei fã da rainha depois que assisti a série The Crown. Não fazemos ideia de quanto é difícil pertencer a realeza e de uma hora para outra ter a vida mudado por causa de um parente.
Já  indiquei a série aqui, tem 3 temporadas disponíveis no Netflix.
Vamos saber mais sobre essa mulher que faz história. 

Isabel II ou Elizabeth II (Londres21 de abril de 1926) é a Rainha do Reino Unido e de quinze outros estados independentes conhecidos como Reinos da Comunidade de Nações, além de chefe da Commonwealth formada por 53 estados. É também a Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra e, em alguns de seus reinos, possui ainda o título de Defensora da Fé. Ao ascender ao trono em 6 de fevereiro de 1952, Elizabeth se tornou a Chefe da Comunidade Britânica e rainha de sete países independentes: Reino UnidoCanadáAustráliaNova ZelândiaÁfrica do SulPaquistão e Ceilão. Entre 1956 e 1992 o número de reinos variou já que certos territórios ganharam sua independência e outros tornaram-se repúblicas. Atualmente, além dos quatro primeiros estados mencionados, é rainha da JamaicaBarbadosBahamasGranada, Papua-Nova Guiné, Ilhas SalomãoTuvaluSanta LúciaSão Vicente e GranadinasBelize, Antígua e Barbuda e São Cristóvão e Nevis.
Após a crise da abdicação de Eduardo VIII, tio de Elizabeth, houve a ascensão de George VI ao trono, o que fez de sua primogênita a herdeira presuntiva da coroa. Elizabeth passou a assumir deveres públicos durante a Segunda Guerra Mundial, em que ela serviu no Serviço Territorial Auxiliar.
Tempos de significância pessoal incluem os nascimentos e casamentos de seus filhos e netos, a investidura do Príncipe de Gales e a celebração de marcos como seus jubileus de Prata em 1977, Ouro em 2002 e Diamante em 2012. Momentos de dificuldade incluem a morte de seu pai aos 56 anos, o assassinato de Louis Mountbatten, tio do príncipe Philip, o fim dos casamentos de seus filhos em 1992 (um ano que ela mesma chamou de annus horribilis), a morte em 1997 de Diana, Princesa de Gales, ex-esposa de Charles, e as mortes de sua irmã e mãe em 2002.
Seu pai era o segundo filho do rei Jorge V do Reino Unido e da rainha Maria de Teck. Ela nasceu de uma cesariana às 2h40min do dia 21 de abril de 1926 na casa de seu avô materno em Mayfair, Londres. Foi batizada em 29 de maio por Cosmo Lang, o Arcebispo de York, na capela do Palácio de Buckingham. Seus padrinhos foram o rei e a rainha, seu avô materno, seu tio-bisavô paterno o príncipe Artur, Duque de Connaught e Strathearn, sua tia paterna Maria, Princesa Real, e sua tia materna Mary Elphinstone. Ela foi nomeada Isabel em homenagem a mãe, Alexandra em homenagem a bisavó paterna, que havia morrido seis meses antes, e Maria em homenagem a avó paterna. Sua família a chamava de "Lilibet". 
Sua única irmã, Margaret, nasceu quatro anos depois. As duas princesas foram educadas em casa sob a supervisão de sua mãe e sua governanta, Marion Crawford, casualmente conhecida como "Crawfie".  As aulas concentravam-se em história, línguas, literatura e música. Para o desalento da família real, Crawford publicou em 1950 uma biografia das infâncias de Elizabeth e Margarert chamada The Little Princesses.
Durante a II Guerra, Londres foi alvo frequente de bombardeios aéreos e muitas das crianças londrinas foram evacuadas. Lorde Douglas Hogg, 1.º Visconde Hailsham, sugeriu que as duas princesas fossem evacuadas para o Canadá, porém isso foi rejeitado pela rainha, que declarou: "As crianças não vão sem mim. Eu não vou partir sem o Rei. E o Rei nunca partirá".  As princesas Elizabeth e Margaret permaneceram no Castelo de Balmoral, Escócia, até o natal, indo então para a Casa Sandringham em Norfolk. De fevereiro a maio de 1940 elas viveram na Pousada Real, Windsor, até mudarem para o Castelo de Windsor onde viveram pela maior parte dos próximos cinco anos.
 Em 1943, aos dezesseis anos de idade, Elizabeth fez sua primeira aparição pública sozinha ao visitar os Grenadier Guards, de que ela havia sido nomeada coronel no ano anterior. Enquanto seu aniversário de dezoito anos aproximava-se, a lei foi alterada para que ela pudesse atuar como uma de cinco Conselheiros de Estado caso seu pai ficasse incapacitado ou estivesse no exterior, como durante sua visita a Itália em 1944. Ela se juntou ao Serviço Territorial Auxiliar em fevereiro de 1945 como segunda subalterna honorária com número de serviço 230873. Ela treinou como motorista e mecânica, sendo promovida a comandante júnior honorária em julho.
Ao final da guerra, no Dia da Vitória na Europa, as princesas Elizabeth e Margaret misturaram-se anonimamente com as multidões celebrando nas ruas de Londres. Elizabeth mais tarde disse em uma rara entrevista que "Nós pedimos aos meus pais se poderíamos sair e ver nós mesmas. Lembro-me que ficamos aterrorizadas de sermos reconhecidas... eu me lembro de várias pessoas desconhecidas dando os braços e caminhando por Whitehall, todos nós varridos por uma onda de felicidade e alívio".
A princesa Elizabeth foi para sua primeira viagem internacional em 1947, acompanhando seus pais pelo sul da África. 


Elizabeth conheceu seu futuro marido, o príncipe Philip da Grécia e Dinamarca, em 1934 e depois em 1937. Eles são primos de segundo grau através do rei Cristiano IX da Dinamarca e de terceiro grau através da rainha Vitória. Depois de mais um encontro em julho de 1939 no Real Colégio Naval de Dartmouth, Elizabeth – então com apenas treze anos de idade – afirmou que havia se apaixonado por Philip e eles começaram a trocar cartas. Seu noivado foi anunciado oficialmente em 9 de julho de 1947.
O casamento não ocorreu sem controvérsias: Philip não tinha nenhuma situação financeira, era estrangeiro (apesar de cidadão britânico que havia servido na Marinha Real Britânica durante a Segunda Guerra Mundial) e tinha irmãs casadas com nobres alemães com ligações nazistas. Antes do casamento, Philip renunciou seus títulos gregos e dinamarqueses, converteu-se da ortodoxia grega para o anglicanismo e adotou o estilo de "Tenente Philip Mountbatten", tomando o sobrenome da família britânica de sua mãe. Pouco antes do casamento, ele foi criado Duque de Edimburgo e recebeu o estilo de "Sua Alteza Real".
Elizabeth e Philip se casaram na Abadia de Westminster em 20 de novembro de 1947. Já que o Reino Unido ainda não havia se recuperado totalmente das devastações da guerra, Elizabeth pediu que cupons de racionamento comprassem o material para seu vestido de noiva, que foi desenhado por Norman Hartnell. No pós-guerra, não era aceitável que os parentes alemães do duque, incluindo suas três irmãs ainda vivas, fossem convidados para o casamento. O Duque de Windsor, o antigo rei Eduardo VIII, também não foi convidado. 
Elizabeth deu à luz seu primeiro filho, príncipe Charles, em 14 de novembro de 1948. Um mês depois, o rei emitiu cartas-patente permitindo que os filhos deles usassem o estilo e título de um príncipe ou princesa real, que do contrário eles não teriam direito já que seu pai não era mais um príncipe. A segunda criança, princesa Anne, nasceu em 1950.
A saúde de Jorge VI foi piorando ao longo de 1951 e Elizabeth o representou em vários eventos públicos. No início de 1952, Elizabeth e Philip partiram em uma viagem pela Austrália e Nova Zelândia, no caminho parando no Quênia. Em 6 de fevereiro, quando o casal voltou para sua casa queniana depois de passarem a noite no Treetops Hotel, chegou a notícia da morte do rei. Philip contou as notícias à nova rainha. Ela foi proclamada rainha por seus reinos e o séquito real voltou para o Reino Unido Ela e o Duque de Edimburgo mudaram-se para o Palácio de Buckigham. 
A coroação ocorreu normalmente como planejado no dia 2 de junho de 1953 apesar da morte de Maria de Teck em 24 de março, como ela havia pedido antes de morrer. A cerimônia aconteceu na Abadia de Westminster e foi televisionada pela primeira vez, com exceção da parte da unção e da comunhão. Seu vestido de coroação foi desenhado por Norman Hartnell e, seguindo suas instruções, bordado com os emblemas florais dos países da Commonwealth: a Rosa de Tudor inglesa, o cardo escocês, o alho-porro galês, o trevo irlandês, a acácia australiana, a folha de bordo canadense, a samambaia prateada neozelandesa, a protea  sul-africana, a flor de lótus pela Índia e Ceilão e o trigo, algodão e juta paquistaneses. 
As gravidezes de Elizabeth em 1959 e 1963 dos príncipes Andrews e Edward foram às únicas ocasiões durante seu reinado que ela não realizou a cerimônia de abertura do parlamento. Além de realizar cerimônias tradicionais, ela também criou novas práticas. Seu primeiro encontro com membros ordinários do povo ocorreu durante uma visita a Austrália e Nova Zelândia em 1970. 
Elizabeth comemorou em 1977 o Jubileu de Prata de sua ascensão. Festas e eventos ocorreram por toda Commonwealth, muitos coincidindo com suas viagens pela Grã-Bretanha e seus outros reinos. As celebrações reafirmaram a popularidade da rainha, apesar da cobertura negativa praticamente coincidente da imprensa da separação da princesa Margareth de seu marido. 1979 veio com dois grandes golpes: o primeiro foi a descoberta que Anthony Blunt, ex-agrimensor real, era um espião comunista; o segundo foi o assassinado de Louis Mountbatten pelo IRA. 
No dia 9 de julho, ela acordou em seu quarto no Palácio de Buckigham e descobriu um intruso, Michael Fagan, no mesmo aposento. Permanecendo calma e através de duas chamadas para a central de polícia do palácio, Elizabeth conversou com Fagan enquanto ele sentava na beirada de sua cama até a ajuda chegar sete minutos depois. 
Logo depois do fim da Guerra do Golfo em 1991, Elizabeth se tornou a primeira monarca britânica a discursar para uma sessão conjunta do Congresso dos Estados Unidos. 
Em um discurso no dia 24 de novembro de 1992 para marcar os quarenta anos de sua ascensão, Elizabeth chamou 1992 de seu annus horribilis, significando "ano horrível". Em março, seu segundo filho príncipe Andrews, Duque de York, se separou de sua esposa Sara Ferguson; em abril, sua filha Anne, Princesa Real, divorciou-se de seu marido Mark Phillips e em novembro, um grande incêndio atingiu o Castelo de Windsor. A monarquia passou a sofrer críticas cada vez maiores e escrutínio público. Elizabeth afirmou em um discurso excepcionalmente pessoal que qualquer instituição deve esperar críticas, porém sugeriu que isso fosse feito com "um toque de humor, gentileza e compreensão". John Major anunciou dois dias depois reformas nas finanças reais que estavam sendo planejadas desde o ano anterior, incluindo que a rainha passasse a pagar imposto de renda pela primeira vez em 1993 e uma redução de sua lista civil. Charles, Príncipe de Gales, e sua esposa Diana Spencer se separaram formalmente em dezembro. O ano terminou com Isabel processando o The Sun por violação de direitos autorais quando o jornal publicou o texto de sua mensagem anual de Natal dois dias antes da transmissão. A publicação foi forçada a pagar as despesas legais da rainha e doar duzentas mil libras para a caridade. 
Depois de se consultar com Filipe, Major, o arcebispo George Carey e seu secretário pessoal Robert Fellowes, Elizabeth II escreveu a Charles e Diana em dezembro de 1995 dizendo que o divórcio era algo desejado. Ocorreu à morte de Diana, Princesa de Gales, no dia 31 de agosto de 1997, um ano depois do divórcio. Depois dessa única aparição pública, a rainha e o duque blindaram seus netos por cinco dias do enorme interesse da imprensa, permanecendo em Balmoral onde poderiam lamentar em particular. O povo britânico ficou consternado pela reclusão da família real e o fato que a bandeira não foi hasteada a meio-mastro no Palácio de Buckigham. Pressionada pela reação hostil, Elizabeth concordou com uma transmissão ao vivo para o mundo ao voltar para Londres em 5 de setembro, um dia antes do funeral de Diana. Na transmissão, ela expressou admiração por Diana e seus sentimentos "como avó" pelos netos William e Harry. Grande parte da hostilidade pública desapareceu.
Elizabeth II celebrou em 2002 seu Jubileu de Ouro. Sua irmã e mãe morreram em fevereiro e março respectivamente, com toda a imprensa especulando se o jubileu seria um sucesso ou fracasso.  Houve festas nas ruas, eventos comemorativos e monumentos nomeados em homenagem à ocasião. Milhões de pessoas compareceram a cada um dos três dias principais de celebração em Londres, com o entusiasmo demonstrado por Elizabeth sendo muito maior que vários jornalistas haviam previsto. 
O Jubileu de Diamante de Elizabeth II em 2012 marcou os sessenta anos de sua ascensão ao trono real, com celebrações ocorrendo por todos seus reinos, pela Commonwealth e além. Em mensagem publicada no Dia da Ascensão, ela firmou: "Neste ano especial, enquanto novamente me dedico ao seu serviço, espero que todos nos lembremos do poder da união e da força de convocação da família, amigos e boa vizinhança. Também espero que este ano de Jubileu seja uma época para agradecer os grandes avanços que foram feitos desde 1952 e para olhar ao futuro com a cabeça limpa e coração caloroso". Ela e Phillip realizaram grandes viagens pelo Reino Unido, enquanto seus filhos e netos embarcaram em viagens reais pelos países da Commonwealth em seu nome. Faróis do jubileu foram acesos pelo mundo em 4 de junho.
 A rainha abriu as Olimpíadas de Verão de 2012 em 27 de julho e as Paraolimpíadas em 29 de agosto em Londres, tornando-se a primeira chefe de estado a abrir dois Jogos Olímpicos em dois países diferentes (ela também abriu os Jogos de 1986 em Montreal). Para os jogos de Londres,  a Rainha interpretou si mesma em um curta-metragem parte da cerimônia de abertura junto com Daniel Craig como James Bond. Em 4 de abril de 2013, ela recebeu um prêmio BAFTA honorário por sua patronagem à indústria do cinema, sendo chamada na cerimônia de "a mais memorável Bond girl até hoje".
A Rainha se tornou em 18 de dezembro de 2013 na primeira soberana britânica a comparecer a uma reunião de gabinete em tempos de paz desde o rei Jorge III do Reino Unido em 1781. 
A rainha é a monarca de maior longevidade e a de reinado mais longo na história do Reino Unido, superando a rainha Vitória do Reino Unido em 9 de setembro de 2015. É também a chefe de estado há mais tempo no cargo, tendo alcançado essa posição em outubro de 2016 após a morte do rei Bhumibol Adulyadej da Tailândia.  
A Rainha raramente concede entrevistas, pouco se sabe sobre suas opiniões pessoais. Como monarca constitucional, ela não expressa suas próprias opiniões políticas de maneira pública. A rainha tem um grande sentimento de dever cívico e religioso e leva muito a sério seu juramento de coroação. Elizabeth II já demonstrou apoio a diálogos inter-religiosos com líderes de outras igrejas e religiões, incluindo cinco papas: Pio XII, João XXIII, João Paulo II, Bento XVI e Francisco.  

https://pt.wikipedia.org/wiki/Isabel_II_do_Reino_Unido


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