Diva do teatro, cinema e televisão: Fernanda Montenegro - RENATA FONSECA

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Diva do teatro, cinema e televisão: Fernanda Montenegro

Olá pessoal!
Vamos saber mais sobre a nossa grande atriz!

Fernanda Montenegro, nome artístico de Arlette Pinheiro da Silva Torres (Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1929). Foi a primeira latino-americana e a única brasileira já indicada ao Oscar de Melhor Atriz.  
Dentre os inúmeros prêmios nacionais e internacionais que recebeu em seus mais de setenta anos de carreira, em 1999, foi condecorada com a maior comenda civil do país, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, entregue pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.  Além de ter sido cinco vezes galardoada com o Prêmio Molière, ter recebido três vezes o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, ganhou ainda o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1998 pela interpretação de "Dora" no filme Central do Brasil de Walter Salles e também a única atriz indicada ao Oscar por uma atuação em língua portuguesa, sendo nomeada por seu trabalho em Central do Brasil (1998).  Em 2013, foi eleita a 15ª celebridade mais influente do Brasil pela revista Forbes. Além disso, foi a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz pela atuação em Doce de Mãe (2013). 
Na televisão, foi a primeira atriz contratada pela TV Tupi, em 1951, onde estrelou centenas de teleteatros. Estreou nas telenovelas, em 1954, com A Muralha, na Record TV, onde participou de outras produções. Realizou trabalhos na maioria das emissoras produtoras de teledramaturgia, como  Band, TV Cultura, Record TV e Rede Globo – onde permanece desde 1981 –, além das extintas TV Excelsior, TV Rio e a própria TV Tupi. 
Com doze anos de idade, conclui seu primário e dedica-se a formação para o trabalho, matriculando-se no curso de secretariado Berlitz, que compreendia inglês, francês, português, estenografia e datilografia. Frequentava ainda o curso de madureza à noite, conseguindo concluir o equivalente ao ginasial em dois anos. Aos quinze anos, porém, Fernanda, ainda no terceiro ano do curso técnico de secretariado, inscreveu-se num concurso como locutora na Rádio MEC. Ser locutora de rádio foi seu primeiro emprego. A Rádio MEC fica ao lado da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, na qual funcionava um grupo de teatro amador dos alunos da faculdade, coordenado pelo professor Adauto Filho. Fernanda passa a integrar o grupo de teatro, ao participar da peça "Nuestra Natascha" interpreta sua primeira personagem, Cassona.   Posteriormente, foi levada pelo professor Adauto para participar de atividades no Teatro Ginástico.

Seu primeiro papel como radioatriz foi numa obra de Cláudio Fornari, que, na época, era um autor muito importante, chamada "Sinhá Moça Chorou", na qual fez o papel da Manuela, que era uma jovem que se apaixonou pelo Garibaldi. Fernanda permaneceu na Rádio por dez anos, inicialmente como locutora e depois como atriz. Foi lá que Fernanda, ao começar a escrever, adotou o pseudônimo "Fernanda Montenegro". Fernanda em homenagem a literatura francesa, por ser um nome comum representado nessas obras, nos livros que lia, e Montenegro em homenagem ao Doutor Montenegro, médico que cuidava pessoalmente de sua família. Paralelamente, a atriz passou a lecionar português para estrangeiros no Berlitz. Era a forma de obter alguma remuneração, já que o trabalho na Rádio nem sempre era remunerado. 
Casou-se civilmente em 6 de abril de 1953, aos 23 anos, com Fernando Torres, que tinha 26. O casal, após passar bastante tempo tentando ter filhos de forma natural, iniciou um tratamento de fertilização, conseguindo ter dois filhos. Em 1962 nasceu o diretor Cláudio Torres, e em 1965 deu à luz a atriz Fernanda Torres. 
Iniciou sua carreira no ano de 1950, na peça Alegres Canções nas Montanhas, ao lado de seu marido, Fernando Torres. Foi a primeira atriz contratada pela recém-criada TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1951. Na emissora, entre 1951 e 1953, participou de cerca de 80 peças, exibidas nos programas Retrospectiva do Teatro Universal e Retrospectiva do Teatro Brasileiro. Participou também de programas policiais escritos por Jacy Campos e Amaral Neto. Ainda na década de 1950, fez parte da Companhia Maria Della Costa e do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). 
Em 1954 interpretou sua primeira protagonista na telenovela A Muralha, de Ivani Ribeiro na Record TV, sendo a primeira telenovela da emissora. Entre 1956 e 1963, a atriz participou de diversos teleteatros na TV Tupi de São Paulo, apresentados no Grande Teatro Tupi, totalizando cerca de 160 peças apresentadas naquele programa. Em 1959 formou sua própria companhia teatral, a Companhia dos Sete, com Sérgio Britto, Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres. 
Em 1963, contratada pela TV Rio, atuou nas novelas Pouco Amor Não É Amor e A Morta Sem Espelho, ambas de Nélson Rodrigues. Em 1964, na Record TV, fez mais duas novelas dirigidas por Sérgio Britto: Vitória e Sonho de Amor, esta última uma adaptação feita por Nélson Rodrigues do romance O Tronco do Ipê, de José de Alencar, produzida pela TV Rio. Em 1965, na recém-criada TV Globo, Fernanda Montenegro participou do programa 4 no Teatro, que apresentou uma série de teleteatros sob a direção de Sérgio Britto. Em sua estreia na emissora, a atriz atuou nas peças Massacre, de Emanuel Robles, e As três faces de Eva, de Janete Clair. Sua estreia em cinema se deu na produção de 1964 para a tragédia de Nelson Rodrigues, A Falecida, sob direção de Leon Hirszman. 
Em 1967, estreou na TV Excelsior como Lisa, em Redenção, novela de Raimundo Lopes. Ainda na TV Excelsior, em 1968, Fernanda Montenegro viveu a Cândida em A muralha, adaptação de Ivani Ribeiro da obra de Dinah Silveira de Queiroz. Na mesma emissora, em 1969, a atriz viveu a personagem Júlia Camargo, de Sangue do Meu Sangue, escrita por Vicente Sesso.
Fernanda Montenegro deixou a falida TV Excelsior em 1970 e manteve-se afastada da televisão durante nove anos, intervalo quebrado apenas pela realização de dois trabalhos: o teleteatro A Cotovia, de Jean Anouilh, para a TV Tupi, em 1971, e um Caso Especial da TV Globo, em 1973. 
Ainda na década de 1970, a atriz integrou o elenco da novela Cara a Cara (1979), de Vicente Sesso, na TV Bandeirantes. 
Fernanda Montenegro estreou em novelas da TV Globo em 1981, em Baila comigo, de Manoel Carlos. No mesmo ano, viveu a milionária Chica Newman de Brilhante, novela de Gilberto Braga. Em 1983, Fernanda Montenegro protagonizou cenas hilariantes ao lado de Paulo Autran, como os primos Charlô e Otávio de Guerra dos Sexos, novela escrita por Sílvio de Abreu e dirigida por Jorge Fernando e Guel Arraes.
Em 1986, a atriz participou de Cambalacho, outra comédia de Silvio de Abreu, dirigida por Jorge Fernando. Quatro anos depois, Fernanda Montenegro fez uma participação especial, no papel de Salomé, em Rainha da Sucata, novela de Silvio de Abreu, Alcides Nogueira e José Antônio de Souza. Ainda em 1990, interpretou a Vó Manuela na minissérie Riacho Doce.
Em 1991, na novela O Dono do Mundo, de Gilberto Braga Dois anos depois, apresentou uma atuação marcante como Jacutinga, a dona de um bordel no interior da Bahia, na primeira fase da novela Renascer, de Benedito Ruy Barbosa. Ainda em 1993, participou – como Madalena Moraes – da novela O mapa da mina. Em 1994, como Quitéria Campolargo, a atriz integrou o elenco estelar de Incidente em Antares. Em seguida, em 1997, Fernanda Montenegro viveu o papel-título de Zazá, novela de Lauro César Muniz. 
Ainda em 1999, a atriz fez o papel de Nossa Senhora na minissérie O Auto da Compadecida, adaptação da premiada peça de Ariano Suassuna feita por Guel Arraes, Adriana Falcão e João Falcão. Em 2001, viveu a Lulu de Luxemburgo de As filhas da mãe, de Silvio de Abreu, Alcides Nogueira e Bosco Brasil. Fernanda Montenegro participou da primeira fase de Esperança (2002), novela de Benedito Ruy Barbosa. Em 2005, na premiada minissérie Hoje É Dia de Maria, dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Em 2006, brilhou na novela Belíssima como a vilã Bia Falcão, matriarca da família Assumpção. Minissérie Queridos amigos (2008), de Maria Adelaide Amaral, como intérprete de Iraci.
Em 1999 uma exposição realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, comemorou os 50 anos de carreira da atriz. 
Entre os filmes em que atuou no cinema estão A Falecida (1964) e Eles Não Usam Black-Tie (1980), ambos de Leon Hirszman. Olga, de Jayme Monjardim, onde interpretou Leocádia Prestes, mãe do líder comunista Luís Carlos Prestes; Redentor (2004), dirigido por seu filho, Cláudio Torres; Casa de Areia (2005), filme dirigido pelo genro Andrucha Waddington, marido de sua filha; e Love in the Time of Cholera (O Amor nos Tempos do Cólera), de Mike Newell. Em 2010 viveu a protagonista Bete em Passione, de Sílvio de Abreu. Em 2012 protagonizou o último episódio da minissérie As Brasileiras, e no especial de fim de ano Doce de Mãe em que interpretou Dona Picucha, personagem principal onde foi premiada com o Emmy Internacional de melhor atriz. 
Em 2013, deu vida a Dona Cândida Rosado (Candinha) no remake de Saramandaia. Em 2014, viveu novamente Dona Picucha na série Doce de Mãe. No mesmo ano é anunciado que a atriz fará Babilônia, novela de Gilberto Braga, no papel da homossexual Teresa, que mantém um relacionamento com a personagem de Nathália Timberg, Estela. 
Em 2017, após a polêmica de seu papel na trama de Babilônia, inicia uma parceria com o autor Walcyr Carrasco aceitando o convite para atuar em sua novela do horário nobre O Outro Lado do Paraíso. Em 2019 atua na novela A Dona do Pedaço, participando da primeira fase do folhetim, como a matriarca de uma família de justiceiros no interior do Estado do Espírito Santo.
Em setembro de 2019, lançou sua autobiografia Prólogo, ato, epílogo pela editora Companhia das Letras, em parceria com Marta Góes. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernanda_Montenegro


Nenhum comentário:

@renatafashionfonseca