dezembro 2021 - RENATA FONSECA

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Dicas de filmes: Imperdoável e Homem-Aranha sem volta para casa e série documental: Colônia Dignidade: uma seita Nazista no Chile.

Olá pessoal!

Um filme ok.

O fim me surpreendeu.

Sobre a maquiagem da personagem não gostei. A boca parecia a de um zumbi. Rs....

A tonalidade totalmente diferente do resto do rosto.

Imperdoável

NETFLIX


Drama, Suspense

Direção: Nora Fingscheidt

Roteiro Peter Craig, Sally Wainwright

Elenco: Sandra Bullock, Vincent D'Onofrio, Jon Bernthal

Título original The Unforgivable

Sinopse

Inspirado na minissérie de mesmo nome, imperdoável acompanha Ruth Slater (Sandra Bullock) após cumprir seu tempo na prisão por um crime violento que não foi bem explicado. Ao ser reintegrada à sociedade, ela sente os preconceitos e dificuldades que alguém tem ao ter o nome manchado com cadeia e pelo assassinato de um policial. Agora, Slater tenta reconstruir sua vida e carreira como marceneira, além de procurar sua irmã caçula, que lhe foi tirada pelo estado e está morando com pais adotivos. O que Ruth não imagina é que reencontrar a irmã é um processo complicado, além dos filhos do policial assassinado por ela estão atrás de vingança, mas pretendem atingi-la pelo seu ponto mais fraco, a irmã com quem ela não tem contato.

Dando um pequeno spoiler: na minha opinião não tem nada de nazismo na Colônia Dignidade. Observem que o titulo original não tem a palavra nazista.

Eu fiquei chocada! A Colônia vivia uma realidade própria.

Os colonos demoraram, mas caíram na real.

Colônia Dignidade: uma seita Nazista no Chile.

NETFLIX


Documentário, Histórico

Título original : Colonia Dignidad: Una secta alemana en Chile

Nacionalidade Chile

Sinopse

Colônia Dignidade: Uma Seita Nazista no Chile, série documental original da Netflix, acompanha a tenebrosa história por trás da Colônia Dignidade, uma comunidade alemã isolada que existia próximo a Cordilheira dos Andes. Comandada por Paul Schafer, a colônia foi palco de diversas atrocidades como violência sexual contra menores de idade e tortura e homicídio de ativistas políticos. Schafer foi aliado da ditadura de Pinochet no Chile e auxiliou várias atividades ilegais do governo militar. Além disso, a isolada comunidade também servia de espaço para uma seita nazista.

Depois de muito tempo fui ao cinema assistir Homem-Aranha sem volta para casa.

Primeiramente o cinema colocou o filme legendado na sala mais cara do cinema que também era 3D, o ingresso custou 48 reais. Não vou mentir fiquei em choque! Mas tinha prometido aos sobrinho e sobrinha que ia com eles ao cinema.

Eu adoro filme de super-herói! Desse eu gostei muito!

Mas o roteiro poderia ser melhorado. Na minha humilde opinião.

Não reconhece Marisa Tomei como tia May.

A participação de Willem Dafoe foi como sempre espetacular! Como ele ainda não ganhou um Oscar? Posso dizer que é um dos meus malvados favoritos. Hi hi hi

 Homem-Aranha sem volta para casa.


Ação, Aventura, Fantasia

Direção: Jon Watts

Roteiro Chris McKenna, Erik Sommers

Elenco: Tom Holland, Zendaya, Benedict Cumberbatch

Título original Spider-Man: No Way Home

Sinopse

Em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, Peter Parker (Tom Holland) precisará lidar com as consequências da sua identidade como o herói mais querido do mundo após ter sido revelada pela reportagem do Clarim Diário, com uma gravação feita por Mysterio (Jake Gyllenhaal) no filme anterior. Incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, além de ter sua reputação arruinada por acharem que foi ele quem matou Mysterio e pondo em risco seus entes mais queridos, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua verdadeira identidade. Entretanto, o feitiço não sai como planejado e a situação torna-se ainda mais perigosa quando vilões de outras versões de Homem-Aranha de outros universos acabam indo para seu mundo. Agora, Peter não só deter vilões de suas outras versões e fazer com que eles voltem para seu universo original, mas também aprender que, com grandes poderes vem grandes responsabilidades como herói.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Produtos do meu agrado.

Olá pessoal!!!

Eu simplesmente estou in love com os produtos da Sallve! Dessa vez comprei dois produtos maravilhosos.

Bruma calmante uso antes de colocar o protetor dólar pela manhã e de noite. É um produto perfeito que estou adorando.


Um pouco sobre a Bruma calmante.

Testado especificamente em peles sensíveis, a Bruma Calmante é uma combinação de ativos poderosos que resultam em uma fórmula multifuncional de alívio de sensações de desconforto e hidratação, capaz de entregar efeito imediato - e também tratar a longo prazo. Ela deixa um sensorial de refrescância e hidratação na pele, sem pesar nem ficar pegajosa. Pode ser aplicada antes ou depois da maquiagem, e se você escolher aplicar depois, ela ainda ajuda na fixação. O resultado é uma pele com o aspecto mais natural, viçoso e iluminado.

O que só ele faz: acalma e refresca a pele, hidrata, deixando a pele macia e viçosa, é rapidamente absorvida e não deixa sensorial pegajoso.

Pode ser usada para preparar e finalizar a maquiagem

É hipoalergênica, testada oftalmologicamente e dermatologicamente em pele sensível; sem crueldade e sem ingredientes de origem animal (vegano); tem embalagem 100% reciclável; sem fragrância.

Depois que fiz a cirurgia de ortognática meus lábios sempre ficam ressecados e é preciso deixar sempre hidratado. Uso vários balms e hidratantes labiais.

Quando vi esse lançamento da Sallve comprei na hora. Produto excelente!          

Um pouco sobre o Hidratante labial

Um hidratante antioxidante labial com deliciosa textura de manteiga cremosa. Promove a reparação da pele porque cria uma barreira protetora deixando os lábios hidratados e macios. Com ativos poderosos como a hidratação intensa do Phytoesqualano e a proteção da manteiga de Shorea, além de antioxidantes potentes como a Vitamina E e o Extrato de Physalis que tem ação calmante e anti-inflamatória.

O que só ele faz: hidrata intensamente, repara a barreira cutânea dos lábios, previne ressecamentos e rachaduras, previne descamação, aquelas pelinhas, previne a perda de volume dos lábios, deixa os lábios macios e uniformes e tem ação calmante

É dermatologicamente testado, hipoalergênico, sem testes em animais e sem ingredientes de origem animal (vegano); sem petrolatos nem silicone; tem embalagem 100% reciclável; e não tem cor, sabor nem fragrância.

Nunca tive reparado essa marca nas farmácias até que uma aluna do colégio que trabalhei temporariamente me indicou esse álcool gel que não fica peguenta/grudenta e seca rápido. Óbvio que fiquei interessadíssima! Fui em duas farmácias física e nada. Resolvi comprar pelo o app e me surpreendi pelo valor, comprei na hora.

Fiquei com casquinhagem de usar para não gastar. Rs.....

Mas agora estou usando e adorando.


Darrow soapelle álcool gel

Eficácia antisséptica comprovada

Não resseca a pele

A higiene diária é o primeiro passo para o cuidado da saúde.

Darrow, a marca pioneira em assepsia hospitalar no Brasil, com foco em uma rotina ainda mais completa, possui também Soapelle Álcool Gel 70% para mãos. Um poderoso gel antisséptico, com eficácia comprovada, elimina 99,9% das bactérias da pele, auxiliando na prevenção da contaminação de doenças e proteção contra agressores externos.

Mantém sua pele limpa e protegida sem ressecar, graças a ativos específicos da fórmula.

Ingrediente: Álcool 70% e Glicerina 5%.

O segundo produto é um protetor solar com cor foi minha dermatologista e amiga que me deu. Na verdade, essa cor pele morena ficou um pouquinho escura para minha pele, mas quando eu uso fica parecendo que tomei um leve bronzeado. Eu adorei!

Seca super-rápido e bem fluida espalhando maravilhosamente bem.

Tem três cores como vocês podem ver na foto.

Actine Colors FPS 70 – Pele Morena

Protetor solar dermatológico para peles oleosas a acneicas. Pele protegida e uniformizada com 12 horas de antioleosidade, uniformização do tom da pele, textura fluida de absorção imediata e previne a acne.

Detalhes do Produto: Actine Protetor Solar FPS 70 Colors possui um complexo de filtros que oferece amplo espectro de proteção solar contra os raios UVA / UVB, com pigmentos que protegem contra a luz visível e minimiza o dano refletido pelos raios infravermelhos devido à ação antioxidante do produto, evitando o foto envelhecimento e prevenindo manchas solares.
Além disso, possui um complexo de ativos [vitamina E + sílica de ultra absorção], ajudando a prevenir a acne com um potente controle de oleosidade de até 12 horas.

Actine Protetor Solar FPS 70 Colors possui uma textura fluida de rápida absorção, promovendo uniformização do tom da pele com uma cobertura duradoura.

Ideal para peles oleosas a acneicas.

Disponível em 3 tons:  Pele Clara, Morena e Morena Mais.

Fórmula segura, livre de parabenos e perfume.

Hipoalergênico.

Não comedogênico.

Não testado em animais. 

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Estilista Madame Grès

Olá pessoal!

Estava olhando o IG Crônicas da moda e Maria fez um reels falando sobre Madame Grès uma estilista que eu não conhecia, como curiosa que sou fui pesquisar sobre a estilista.

Era famosíssima! Morreu esquecida em 1993.



Germaine Émilie Krebs, Alix ou, como ficou mais conhecida, Madame Grès foi uma estilista nascida em Germaine Krebs em Paris em 30 de novembro de 1903.

Madame Grès nasceu em uma família judia francesa de classe média e foi criada em Paris, França. Bem cedo, Grès estudou pintura e escultura.  Originalmente sonhava em se tornar uma escultora, mas depois de muitas objeções feitas por sua família, ela mudou seus interesses para a arte do design de moda e confecção de roupas.  Usando seu treinamento formal em escultura, Grès foi capaz de aplicar suas técnicas de escultura em suas formas de tecido.  O primeiro trabalho na indústria da moda foi como fabricante de chapéus para mulheres, onde ela se destacou até começar a se dedicar à costura de alta costura.  Depois de distinguir sua área de interesse, recebeu seu treinamento inicial em costura de alta costura na casa de moda, Maison Premet, uma casa conhecida por exigir extrema perfeição. 

Em 1932 abriu sua primeira casa de moda, a “La Maison Alix”. Em 1933 adicionou ao nome da sua marca o sobrenome Barton, por causa de Juliette Barton que trabalhava com ela, transformando-o em “La Maison Alix Barton”. Pouco tempo depois, em 1934, ela retirou o nome Barton e voltou a ser somente a “Maison Alix” até 1942, quando ela mudaria o nome da marca novamente.

Durante este tempo, o estilo característico de Grès de cortinas clássicas e vestidos elegantes tornou-se a assinatura da grife de alta-costura.  Nessa época ela se tornou conhecida por sua técnica de usar manequins vivos, desenhando e criando roupas diretamente nos modelos.  Seus primeiros trabalhos mostram influências da escultura greco-romana, bem como linhas simples e atenção ao corpo feminino. Sua mídia preferida nessa época era a camisa de seda e o tafetá de papel.  Sob o nome de Alix, ela ganhou atenção positiva e aclamação da crítica por desenhar fantasias em 1935 para a peça de Jean Giraudoux, "O Trojan A guerra não acontecerá ".  Depois de receber muitos aplausos por seus figurinos teatrais, Grès se tornou um dos principais designers da época, desenhando para muitas figuras notáveis, como a duquesa de WindsorPaloma PicassoGrace KellyMarlene Dietrich e Greta Garbo

Em 1942 decidiu mudar o nome da maison para “Grès”, um anagrama do primeiro nome de seu então marido, o pintor russo Serge Czerefkov. Durante a Segunda Guerra Mundial as tropas alemãs exigiram que ela parasse de produzir suas roupas da maneira pela qual ficou conhecida, drapeando metros de tecido, e passasse a produzir roupas utilitárias e mais lisas. Ela negou-se e fez uma coleção com as cores da bandeira francesa como forma de protesto. Em resposta os alemães mandaram-na fechar as portas devido ao excesso de tecidos que ela usava. Ela teve que acatar com as ordens dadas e ficou fora de Paris até a cidade deixar de ser ocupada. Ao voltar a trabalhar passou a assinar suas obras como “Madame Grès”.

Durante a década de 40 ela continuou a aperfeiçoar seu estilo de drapeados e seus vestidos no estilo “vestimentas de deusas gregas”, que podiam levar até 300 horas para serem feitos. Na década de 50 continuou com sua atenção meticulosa as roupas, mas mudou um pouco seu foco, passou a produzir roupas mais lisas e simples e também sarapes, kimonos e saris, além de começar a produzir ternos femininos, sem abandonar sua marca registrada, os depredados.

Ela usava formas assimétricas, cortes enviesados e mangas morcego com frequência. Sempre manteve seu sonho de se tronar uma escultura, esculpindo suas roupas nos corpos de suas modelos. Até hoje ninguém conseguiu se igualar a ela na questão de drapear roupas.

Em 1959, após uma viagem para a Índia, lançou seu perfume, Cabochard.

Na década de 70 deixou seus drapeados minuciosos um pouco de lado e passou a mostrar um pouco mais de pele em suas roupas. Madame Grès trabalhou até a dedada de 80, e seu último vestido foi uma encomenda de Givenchy em 1989. Infelizmente assim que ela se aposentou a Maison começou a sofrer problemas financeiros e foi vendida três vezes para manter suas portas abertas. Em 2012 a última loja da Maison foi fechada em Paris.

Alix faleceu em 24 de novembro de 1993, aos 89 anos.

Sua morte foi tornada pública um ano depois. 

https://xicogoncalves.com.br/madame-gres-a-escultora-de-tecidos/ https://amodaresumida.com/2016/10/13/alix/

https://en-m-wikipedia-org.translate.goog/wiki/Madame_Gr%C3%A8s?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc


 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Mulher na história: Maria Carolina de Jesus

Olá pessoal!

No colégio que estava prestando serviço reformou a biblioteca em fez um painel lindissímo em homenagem a Carolina Maria de Jesus pintado por uma ex aluna da instituição.

Assim que bati o olho lembrei dela de algum documentário ou programa em que ela foi citada. Achei a história espetacular e que todos tem que saber.



Carolina Maria de Jesus (Sacramento, 14 de março de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977) foi uma escritora, compositora e poetisa brasileira, mais conhecida por seu livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960.

Carolina de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais importantes escritoras do país. A autora viveu boa parte de sua vida na favela do Canindé, na Zona Norte de São Paulo, sustentando a si mesma e seus três filhos como catadora de papéis. Em 1958, tem seu diário publicado sob o nome Quarto de Despejo, com auxílio do jornalista Audálio Dantas. O livro fez um enorme sucesso e chegou a ser traduzido para catorze línguas.

Carolina Maria de Jesus nasceu na cidade de Sacramento, em Minas Gerais, numa comunidade rural, de pais analfabetos. Era filha ilegítima de um homem casado e foi maltratada durante toda sua infância. Aos sete anos, sua mãe a obrigou a frequentar a escola, depois que a esposa de um rico fazendeiro decidiu pagar seus estudos, mas ela interrompeu o curso no segundo ano, tendo já conseguido aprender a ler e a escrever e desenvolvido o gosto pela leitura.

Em 1937, sua mãe morreu e ela se viu impelida a migrar para a metrópole de São Paulo. Carolina construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer material que pudesse encontrar. Saía todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família.

Em 1947, aos 33 anos, desempregada e grávida, Carolina instalou-se na extinta favela do Canindé, na zona norte de São Paulo cujo contingente de moradores estava em torno de cinquenta mil. Ao chegar à cidade, conseguiu emprego na casa do notório cardiologista Euryclides de Jesus Zerbini, médico precursor da cirurgia de coração no Brasil, o que permitia a Carolina ler os livros de sua biblioteca nos dias de folga. Em 1948, deu à luz seu primeiro filho, João José. Teve ainda mais dois filhos: José Carlos e Vera Eunice, nascidos em 1949 e 1953 respectivamente.

Ao mesmo tempo em que trabalhava como catadora, registrava o cotidiano da comunidade onde morava nos cadernos que encontrava no material que recolhia, que somavam mais de vinte. Um destes cadernos, um diário que havia começado em 1955, deu origem a seu livro mais famoso, Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960.

Publicado em 1960, a tiragem inicial de Quarto de Despejo foi de dez mil exemplares e esgotou-se em uma semana. Desde sua publicação, a obra vendeu mais de um milhão de exemplares e foi traduzida para catorze línguas, tornando-se um dos livros brasileiros mais conhecidos no exterior. Depois da publicação, Carolina teve de lidar com a raiva e inveja de seus vizinhos, que a acusaram de ter colocado suas vidas no livro sem autorização. A autora relatou que muitos dos moradores da favela chegaram a jogar, nela e em seus três filhos, os conteúdos de seus penicos. Carolina definiu a favela como "tétrica", "recanto dos vencidos" e "depósito dos incultos que não sabem contar nem o dinheiro da esmola."

Após o lançamento, seguiram-se três edições, com um total de cem mil exemplares vendidos, tradução para treze idiomas e publicados em mais de quarenta países.

Em 1962, Quarto de Despejo foi publicado nos Estados Unidos pela editora E. P. Dutton com o título Child of the Dark. No ano seguinte, como parte da coleção Mentor, a tradução ganhou uma edição de bolso, publicada primeiro pela New American Library, depois pela Penguin USA. Segundo o autor Robert Levine, somente das vendas desta edição, que totalizaram mais de trezentas mil cópias nos EUA, Carolina e sua família deveriam ter recebido, pelo contrato original, mais de cento e cinquenta mil dólares. Contudo, não foi encontrado indício algum de que ela tenha recebido sequer uma pequena parte disto.

Em março de 1961, uma reportagem afirmou que a publicação de Quarto de Despejo havia rendido a Carolina seis milhões de cruzeiros em direitos autorais, contudo a quantia exata variava, de acordo com a reportagem. É certo que Carolina tinha direito a dez por cento do preço de venda das traduções, com trinta por cento de sua parte reservada a Audálio Dantas; ela recebia pequenos pagamentos em dólares das editoras estadunidenses, mas, por força do contrato original, não podia autorizar traduções de sua obra: este direito fora cedido à editora Paulo de Azevedo, uma filial da editora Francisco Alves.

Depois da publicação de Quarto de Despejo, Carolina mudou-se para Santana, bairro de classe média, na zona norte de São Paulo. Em 1963, publicou, por conta própria, o romance Pedaços de Fome e o livro Provérbios. Posteriormente, em 1969, Carolina acumulou dinheiro suficiente para se mudar de Santana para Parelheiros, uma região árida da Zona Sul de São Paulo, no pé de uma colina. Próxima de casas ricas, local de algumas das habitações mais pobres do subúrbio da cidade, com impostos e preços menores, era lá que Carolina esperava encontrar solitude.  Embora pobre, Parelheiros era o mais próximo que Carolina poderia chegar do interior de sua infância sem deixar São Paulo e suas escolas públicas, para as quais seus filhos iam de ônibus. Os três moravam com ela: João Jose, com 21 anos, trabalhava numa fábrica de têxteis; José Carlos, com 19 anos, cursava o primeiro ano do ensino médio e vendia objetos na rua; Vera, com 16 anos, também estava na escola.  Agora passando boa parte de seu tempo sozinha, a autora lia o jornal e plantava milho e hortaliças, apesar de reclamar que seus esforços de jardinagem lhe rendessem tanto quanto lhe custassem.

Logo depois de se mudar para Paralheiros, Carolina parou de receber pagamentos de direitos autorais. Tinha tão pouco dinheiro que, assim fizera na favela do Canindé, ela e seus filhos passavam certos dias catando papéis e garrafas para vender: agora, contudo, usava o dinheiro de catadora para comprar refrigerantes e bilhetes de cinema. De tempos em tempos, entregava a uma vendedora local os abacates, bananas e mandiocas que produzia para serem vendidos num mercado local.

Segundo reportagens da época, os pagamentos de direitos autoriais recebidos por Carolina eram "pequenos, mas constantes" Não eram, todavia, suficientes para que conseguisse viver melhor do que pouco acima da linha da pobreza. Para o acadêmico Robert Levine, a família de Carolina vivia bem melhor do que na favela, mas num nível muito abaixo do esperado para uma autora cujos livros ainda estavam vendendo bem em diversos países.

Carolina nunca quis se casar para não ter que ser submissa aos homens. Manteve diversos relacionamentos afetivos ao longo da vida, tendo sido pedida em casamento por alguns namorados, mas nunca aceitou. Suas três gravidezes não foram planejadas, e foram frutos de relacionamentos diferentes. Seu primeiro filho era fruto de seu namoro com um marinheiro português, que era muito ciumento e a abandonou grávida; o segundo filho é oriundo de seu relacionamento com um comerciante espanhol, com quem ela terminou o relacionamento por conta das traições dele. Sua terceira filha foi fruto de seu namoro com um empresário brasileiro, cujo término se deu devido às agressões e humilhações que sofria.

Carolina registrou e criou seus filhos sozinha. Para sustentá-los, além de escrever e vender livros, fazia coleta de materiais recicláveis, realizava faxinas, lavava roupas para fora e dava aulas em casa, de alfabetização.

Carolina de Jesus morreu aos 62 anos em seu quarto, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo, no dia 13 de fevereiro de 1977. Foi vítima de uma crise de insuficiência respiratória, devido à asma, doença que carregava desde seu nascimento, e que apesar de realizar tratamento, havia se agravado.

Em 1975, a televisão alemã West Germans gravou um documentário protagonizado pela própria Carolina. O filme Favela: a vida na pobreza continuava inédito no Brasil quando foi exibido pela primeira vez   ocasião do centenário de nascimento da escritora, em 14 de março de 2014, no Instituto Moreira Salles.

Em 1977, foi publicada postumamente a obra Diário de Bitita, com recordações da infância e da juventude. Em 1982, publicou-se Um Brasil para Brasileiros. Em 1996, Meu Estranho Diário e Antologia Pessoal. Em 2014, as pesquisadoras Raffaella Fernandez e Maria Nilda de Carvalho Motta organizaram a coletânea Onde Estaes Felicidade, que trouxe textos originais da autora e sete ensaios sobre sua obra e, em 2018, lançaram Meu sonho é escrever – Contos inéditos e outros escritos, com narrativas da autora.

A pesquisadora Raffaella Fernandez organizou o material inédito deixado por Carolina de Jesus em 58 cadernos que somam 5 000 páginas de textos: são sete romances, sessenta textos curtos e cem poemas, além de quatro peças de teatro e de doze letras para marchas de carnaval.

Dos livros escritos acerca da autora, destacam-se Cinderela negra: a saga de Carolina Maria de Jesus (1994), de José Carlos Meihy e Robert Levine; Muito Bem, Carolina!: Biografia de Carolina Maria de Jesus (2007), de Eliana Moura de Castro e Marília Novais de Mata Machado; Carolina Maria de Jesus - Uma Escritora Improvável (2009), de Joel Rufino dos Santos; A Vida Escrita de Carolina Maria de Jesus, de Elzira Divina Perpétua;  e Carolina: uma biografia (2018) de Tom Farias).

Em 2014, como resultado do Projeto Vida por Escrito - Organização, classificação e preparação do inventário do arquivo de Carolina Maria de Jesus, contemplado com o Prêmio Funarte de Arte Negra, foi lançado o Portal Biobibliográfico de Carolina Maria de Jesus e, em 2015, foi lançado o livro Vida por Escrito - Guia do Acervo de Carolina Maria de Jesus, organizado por Sergio Telles. O projeto mapeou todo o material da escritora, que passou a ser custodiado por diversas instituições, dentre elas: Biblioteca Nacional Instituto Moreira Salles, Museu Afro Brasil, Arquivo Público Municipal de Sacramento e Acervo de Escritores Mineiros (UFMG).

Em 2021, a Universidade Federal do Rio de Janeiro concedeu o título de Doutora Honoris Causa à escritora Carolina Maria de Jesus.

Lista de obras

·         Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada (1960)

·         Casa de Alvenaria (1961): Diário de uma ex-Favelada

·         Pedaços de Fome (1963)

·         Provérbios (1963)

Póstumas

·         Diário de Bitita (1977)

·         Um Brasil para Brasileiros (1982)

·         Meu Estranho Diário (1996)

·         Antologia Pessoal (1996)

·         Onde Estaes Felicidade? (2014)

·         Meu sonho é escrever – Contos inéditos e outros escritos (2018)

 

 

sábado, 18 de dezembro de 2021

Dica de séries: Transplant e filmes: Segredos nas paredes e Desobediência.

Olá pessoal!

Eu adoro séries médicas! Achei essa no GLOBOPLAY.

Uma temporada e a segunda em produção.

Sempre tento aprimorar minha formação médica. Rs...

Transplant

Drama, Médico

Criado por Joseph Kay

Elenco: Hamza Haq, Laurence Leboeuf, John Hannah

Nacionalidade Canadá

Sinopse

Transplant acompanha Bashir Hamed (Hamza Haq), um médico sírio que precisou deixar seu país durante a guerra civil e se mudou para o Canadá junto da irmã mais nova, a pequena Amira (Sirena Gulamgaus). Devido a problemas de reconhecimento de suas credenciais estrangeiras, ele não consegue emprego em nenhum hospital e tenta reconstruir sua vida como cozinheiro de restaurante. Mas tudo mudo quando, durante um acidente em seu local de trabalho, Bashir usa seus conhecimentos para socorrer múltiplas vítimas - entre elas o diretor de um centro médico. Agora, o refugiado vê uma chance de retomar sua carreira no York Memorial Hospital de Toronto, encarando os riscos e os desafios da medicina de emergência.


Como já devem ter percebido eu adoro filmes de suspense e terror. Esse apareceu no meu feed no NETFLIX e resolvi dar uma chance.

Quando começou uma língua estranha, fiquei tensa e segui e frente.

Me surpreendeu!

Gostei muito do filme. Principalmente do final que foi totalmente diferente do que eu pensei.

Segredos nas paredes


Terror, Drama, Suspense

Direção: Wisit Sasanatieng

Título original The Whole Truth

Idioma: Tailandês

Sinopse

Quando dois irmãos descobrem um misterioso buraco na parede na casa de seus avós, coisas horripilantes revelam segredos sinistros sobre a família deles.

Gostei muito do filme!

Como deve ser difícil viver nessas comunidades que limitam a mulher.

NETFLIX

Desobediência 



Drama, Romance

Direção: Sebastián Lelio

Roteiro Sebastián Lelio, Naomi Alderman

Elenco: Rachel Weisz, Rachel McAdams, Alessandro Nivola

Título original Disobedience

Sinopse

A fotógrafa Ronit (Rachel Weisz) retorna para a cidade natal pela primeira vez em muitos anos em virtude da morte do pai, um respeitado rabino. Seu afastamento foi bastante abrupto e o reaparecimento é visto com desconfiança na comunidade, mas ela acaba acolhida por um amigo de infância (Alessandro Nivola), para sua surpresa atualmente casado sua paixão de juventude, Esti (Rachel McAdams).

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Natal Salvador na Praça do Campo Grande/Praça 2 de julho.

Olá pessoal!

Para quem mora em Salvador ou para quem está visitando a cidade fale o passeio na Praça do Campo Grande/ Praça 2 de julho onde acontece Natal Salvador.

A praça está muito linda! A decoração natalina é belíssima! A casa do Papai Noel foi o que mais gostei.

Para entrar na praça tem que levar o comprovante de vacinação e agendar no site.




Site: http://natal.salvador.ba.gov.br/

 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Canal no Youtube: Tuyet Aerobics

Olá pessoal!

A muito tempo queria achar um canal no Youtube que fosse só de atividade aeróbica. Sem ter que usar colchonete, nem peso ou ter que ficar procurando dentro dos canais.

Do nada apareceu no meu feed e fiz uma aula. Ameiiiii!!! Pensei que fosse ser mais leve, mas que nada suei muito.


Descrição

Tuyet Aerobics oferece novos tutoriais de fitness, treinos e exercícios que o ajudarão no seu caminho para uma vida saudável, perda de peso, gordura da barriga e alívio do estresse.

Link do Youtube: https://www.youtube.com/c/TuyetAerobics


 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Boa leitura: Magdiel Geraldo (Didi): conta suas histórias e memórias.

Olá pessoal!

Agora de férias estou conseguindo dar vazão a minha lista de leitura.

O livro da vez foi escrito pelo pai de uma grande amiga, conhecido entro as Enófilas de Papito ou Didi.

E para o meu orgulho sou citada como colaborado e fazendo parte do livro.

Eu adorei!


O autor compartilha com o leitor 50 anos de amizade e convivência, momentos inesquecíveis em retiros de igreja, encontros culturais, principalmente, no exercício do canto coral.

Contato para compra do livro

Instagram:  https://www.instagram.com/magdielgeraldo/


 

Frase

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Dicas de documentário: Becoming Cousteau, filme: Marighella e série: Agente Carter.

Olá pessoal!

Quando vi que entrou esse documentário no DISNEYPLUS imediatamente coloquei na lista de favoritos e obvio que fui assistir.

Muito bom! Mas pensei que fosse pelo menos citar a passagem dele pelo Brasil. Não passou absolutamente NADA!

Eu lembro que passou no Globo repórter. Fiquei um tiquinho decepcionada.

Uma coisa interessante quando ele fez um documentário no Ártico percebeu que as geleiras já estavam em processo de derretimento lá pelos anos de 1971.

Becoming Cousteau



Documentário

Direção: Liz Garbus

Roteiro Mark Monroe

Elenco: Jacques-Yves Cousteau

Sinopse

Jacques Cousteau é um explorador marítimo, neste documentário aprofundamos em sua história, sua primeira esposa Simone, seus filhos e sua família que morava beira mar. 


O filme tem duas horas e trinta e nove minutos, longuíssimo! Mas não senti passar.

Wagner Moura arrasou na estreia como diretor. Filmaço!

O papel de Marighella só poderia ser de Seu Jorge, ele está perfeito. Um ator extraordinário!

Os outros atores também estão excelentes!

Trilha sonora muito boa.

Excelente filme!

GLOBOPLAY.

Maghella



Drama, Biografia, Histórico

Direção: Wagner Moura

Roteiro Felipe Braga, Wagner Moura

Elenco: Seu Jorge, Adriana Esteves, Bruno Gagliasso

Sinopse

Neste filme biográfico, acompanhamos a história de Carlos Marighella, em 1969, um homem que não teve tempo pra ter medo. De um lado, uma violenta ditadura militar. Do outro, uma esquerda intimidada. Cercado por guerrilheiros 30 anos mais novos e dispostos a reagir, o líder revolucionário escolheu a ação. Marighella era político, escritor e guerrilheiro contra à ditadura militar brasileira.


Adorei essa série! Peggy é retada!!!

Pena que só tem duas temporadas.

DISNEYPLUS

Agente Carter



EspionagemAção

Título original: Marvel's Agent Carter

Criado por Christopher Markus, Stephen McFeely

Elenco: Hayley Atwell, James D'Arcy, Chad Michael Murray

Nacionalidade EUA

Relacionado com Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D.

Sinopse

Agent Carter conta a história Peggy Carter (Hayley Atwell). O ano é 1946, e Peggy se vê marginalizada quando os soldados da Segunda Guerra retornam ao lar. Trabalhando para a SSR (Reserva Científica Estratégica), Peggy precisa conciliar os afazeres administrativos com as missões secretas para Howard Stark (Dominic Cooper), ao mesmo tempo que leva uma vida de solteira após perder o seu amor, Steve Rogers.


 

@renatafashionfonseca