abril 2021 - RENATA FONSECA

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Canal do Youtube: André Trigueiro

Olá pessoal!

Minha amiga me indicou esse canal de André Trigueiro que é jornalista da TV Globo especializado em jornalismo ambiental e também é espírita atuante.

No canal dele tem uma variedade bacana de lives de diversos temas.

Link Youtube: https://www.youtube.com/c/Andr%C3%A9TrigueiroJornalista/about



 

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Programas na tv por assinatura: Do velho ao novo.

Olá pessoal!

Descobri que amo programas de reformas! E o Do velho ao novo é um dos que mais gosto e tem temporada nova no Discovery H&H.

Encontre o canal na sua TV fechada paga. Garanto que não vai ser arrepender!

Do Velho ao Novo

Esta série mostra como o casal Chip e Joanna Gaines transforma casas decadentes, mas com grande potencial, em vitrines que ajudam a revitalizar bairros inteiros na região central do Texas.

https://www.discoverybrasil.com/discoveryhh/do-velho-ao-novo



 

terça-feira, 27 de abril de 2021

Receita de brownie no Airfryer

Olá pessoal!

Finalmente uma receita que pode ser feita no Airfryer que deu super certo!

E super fácil de fazer e uma delícia.


ATENÇÃO!

O recipiente tem que deixar espaço para a circulação do ar como mostra a seta abaixo.

Crocante por fora e macio por dentro
Vamos aos ingredientes!

½ Xícara de óleo

1 e ½ xícara de açúcar (eu usei o demerara)

2 ovos

½ xícara de cacau em pó (achocolatado não fica bom)

½ de colher de chá de sal (coloquei também a mesma quantidade de cacau black)

1 e ¼ de farinha de trigo

½ xícara de amendoim (é opcional ou pode colocar macadamia, castanha ou nozes)

Em um recipiente misture todos os ingredientes.  Usei a batedeira para misturar os ingredientes, mas pode fazer na mão mesmo. Ficará uma massa pesada, cremosa e brilhosa.

Separe um recipiente que caiba no Airfryer, usei uma forma 10x10.


Unte com manteiga/margarina e farinha de trigo, espalhe a massa no recipiente. Antes pré aqueça o aparelho a 180º graus por 5 minutos.


Coloque o recipiente no Airfryer a 180º graus de 30 a 35 minutos. Para saber o ponto fure com um palito no meio do brownie tem que sair úmido, mas não com a massa crua e mole.


Para quem gosta de menos crocante tira com 25 a 30 minutos. Eu coloquei os 35 minutos porque gosto da casquinha bem crocante por fora e bem macio por dentro.




 

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Podcast Bate papo com as amigas: Últimos filmes assistidos antes do Oscar 2021.
Regina Kings e Viola Davis arrasaram no Oscar 2021

Olá pessoal!

Ontem foi dia de Oscar, esse ano reduzido por conta da pandemia do covid 19.

Vou ser sincera! Gostei muito desse formato, foi mais dinâmico, sem as piadas sem graças, a parte da homenagem aos falecidos uma trilha sonora bacana nada melancólica e principalmente a duração da festa.

Não vi a parte dos musicais que passou antes de começar a premiação de fato, mas não senti muita falta.

Falta mesmo fez foi a entrada das celebridades com seus looks maravilhosos!

Massss teve dois looks que eu amei!

O da atriz e diretora (inclusive do Oscar 2021) Regina King vestindo Louis Vuitton. PERFEITA!


E o segundo de Viola Davis toda de branco e olha que não gosto de roupa branca, mas esse vestido está belíssimo de Alexander McQueen.



 

domingo, 25 de abril de 2021

Dicas de Filmes: Radioactive, Dois estranhos e Animação: Toca

Olá pessoal!

Geralmente não assisto filmes badalados, mas como se trata da vida de Marie Curie não resisti. Já tinha feito uma postagem sobre ela aqui no blog  Acho ela o máximo! Mulher retada.

 

PS: Rosamund é esquálida mesmo ou está doente? Pelé e osso.


Radioactive

 



Drama, Romance, Biografia

Direção: Marjane Satrapi

Elenco: Rosamund Pike, Sam Riley, Aneurin Barnard

Sinopse

Devota da ciência, Marie (Rosamund Pike) sempre enfrentou dificuldades em conseguir apoio para suas experiências devido ao fato de ser uma mulher. Ao conhecer Pierre Curie (Sam Riley), ela logo se surpreende pelo fato dele conhecer seu trabalho, o que a deixa lisonjeada. Logo os dois estão trabalhando juntos e, posteriormente, iniciam um relacionamento que resultou em duas filhas. Juntos, Marie e Pierre descobrem dois novos elementos químicos, rádio e polônio, que dão início ao uso da radioatividade.


Muito bom!

As coisas sempre se repetindo.

NETFLIX 

 

Dois Estranhos


Concorre ao Oscar na categoria documentário-curta metragem em live action.

Direção: Travon Free

Elenco: Joey Bada$$Andrew Howard

Título original Two Distant Strangers

 

Sinopse

O cartunista Cartes James, depois de sofrer violência policial, acaba voltando no tempo e revivendo o mesmo dia.


Concorre ao Oscar 2021 na categoria animação de curta metragem.

Só assistir porque está no DISNEYPLUS.

Gostei! Em 6 minutos passou uma mensagem bacana.

 

Toca

 



Duração: 6min

Gênero: Família, Animação


Sinopse

Uma jovem coelhinha embarca em uma jornada para cavar a toca dos seus sonhos, mesmo sem ter a mínima ideia do que está fazendo. Em vez de revelar suas falhas aos vizinhos, ela acaba cavando mais e mais problemas. Ao atingir o fundo, ela descobre que pedir ajuda não é vergonha.


 

sábado, 24 de abril de 2021

Dicas de filmes: Meu pai, Uma canção para Latasha e A tenente de Cargil.

Olá pessoal!

Como está concorrendo ao Oscar 2021 e queria assistir logo resolvi baixar o filme. Não conferi se o áudio esta bom, vi que tinha legenda e pronto. Mas quando fui assistir ouvi um “papa”, “papa”. “Soy yo”! Estava dublado em espanhol!

Quase tive um ataque! Odeio filme dublado!

Lá vai eu procurar de novo e graças a Deus achei na língua original e com legenda sincronizada.

Que filme! Perceber o nosso corpo e mente decaindo é uma coisa muito difícil de aceitar.

Na dúvida para quem vou torcer na categoria de melhor ator.

Olivia é espetacular, mas acho que dessa vez Glenn ganha o Oscar que na verdade já passou da hora dela ser premiada.

Meu pai


Drama

Direção: Florian Zeller

Elenco: Anthony Hopkins, Olivia Colman, Rufus Sewell

Título original The Father

Sinopse

Em Meu Pai, um homem idoso recusa toda a ajuda de sua filha à medida que envelhece. Ela está se mudando para Paris e precisa garantir os cuidados dele enquanto estiver fora, buscando encontrar alguém para cuidar do pai. Ao tentar entender suas mudanças, ele começa a duvidar de seus entes queridos, de sua própria mente e até mesmo da estrutura da realidade.

Concorre ao Oscar 2021 na categoria melhor documentário curta.
Gostei muito!
Um jeito deferente de contar a história.
NETFLIX

Uma canção para Latasha


Documentário, Biografia
Direção: Sophia Nahli Allison
Título original A Love Song for Latasha

Sinopse

Uma Canção para Latasha é um documentário americano que explora o cruel assassinato da adolescente Latasha Harlins de apenas 15 anos em 1992. O curta apresenta um pouco da vida da jovem. Também investiga todo o racismo por trás de sua morte e os protestos que a tragédia desencadeou.

Ser mulher na Índia não é fácil.

Inspirada em uma história real.
Filme legal.
Sempre gosto da trilha sonora dos filmes indianos.
NETFLIX

A tenente de Cargil


Biografia, Drama
Direção: Sharan Sharma
Elenco: Janhvi Kapoor, Pankaj Tripathi, Angad Bedi
Título original Gunjan Saxena

Sinopse

Em A Tenente de Cargil, inspirado em fatos reais, a Tenente Gunjan Saxena (Janhvi Kapoor) marca a história, sendo a primeira mulher a pilotar um avião de combate, na Índia, em uma zona de combate durante a Guerra de Cargil, em 1999.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Dicas de Filme: Pieces of a woman, Documentário: Japão de norte a sul e série documental: A corrida das vacinas.

Olá pessoal!

Domingo vai ter Oscar 2021! Esse fim de semana vou postar filmes que concorrem ao premio. 

Concorre ao Oscar na categoria de melhor atriz.

Gostei. Não é drama dramalhão, mas falta um tchan.

O luto do pai também é importante no filme.

NETFLIX

Pieces of a woman


Drama

Direção: Kornél Mundruczó

Elenco: Vanessa Kirby, Shia LaBeouf, Ellen Burstyn

Sinopse

Pieces of a Woman é a jornada emocional de uma mãe que acaba de perder seu bebê. Diante dessa perda, ela terá que lidar com as conseqüências que seu luto tem nas relações com o marido e a mãe, lutando para que seu mundo não desabe por completo.

Lembrei da matéria que fiz na faculdade história da Ásia contemporânea. Mas neste documentário fala das ilhas do Japão.

Paisagens lindas! Legal!

DISNEYPLUS

 Japão de Norte a Sul


Em três filmes de 52 minutos cada, esta série nos leva por uma viagem de descoberta, mostrando o lado selvagem e pouco conhecido do Japão, através de inéditas imagens 4K e espetaculares tomadas aéreas.Do norte ao sul, os três filmes revelam o mistério de alguns dos lugares mais belos do Japão, o grande espetáculo da natureza e o sutil equilíbrio entre tradição e modernidade característico do país.


Podem falar mal da Globo, mas a emissora sabe produzir boas séries, filmes e documentários.
Excelente primeiro episódio de A corrida das vacinas.
Está aberto para não assinantes.
GLOBOPLAY

A corrida das vacinas



Título Original: A Corrida das Vacinas
Direção: Álvaro Pereira Júnior
Roteiro: Anna Bernardoni, Gabriel Mitani , Nancy Dutra
Gênero: Documentário, Série Documental

Sinopse

Em 5 episódios, os bastidores de uma grande conquista da ciência: a criação, em tempo recorde, de vacinas contra a Covid-19. Na Índia, na Rússia, na China, nos EUA, na Europa e no Brasil.

 

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Olá pessoal!

Nas três últimas semana o podcast foi sobre os filmes e animações que concorrem ao Oscar 2021.

Para quem gosta de cinema vale apena ouvir.

Meus comentários sobre os filmes e animações que concorrem os Oscar 2021.




 

terça-feira, 20 de abril de 2021

Estilista Guilherme Guimarães

Olá pessoal!

Estava olhando os stories da Linving Gazette – já fiz um post sobre oblog e insta - a Bárbara mostrava um vestido que comprou em um brechó on-line de um estilista brasileiro muito famoso na décadas 60,70 e 80 que eu nunca tinha ouvido falar Guilherme Guimarães.

Lógico que fui fazer uma pesquisa! Só achei um matéria que falava mais da vida desse grande profissional. 


Vamos saber sobre Guilherme Guimarães.

Em meados dos anos 60, Guilherme Guimarães era considerado o maior costureiro do Brasil. Seus vestidos de gala e de noiva eram, como se dizia na época, a coqueluche das grã-finas. Suas casas foram muitas. Ele tinha um apartamento na Avenida São Luís, no Centro de São Paulo, com um Miró na parede, e outro no Rio, no Flamengo.

Desde criança, Guilherme sempre foi fascinado pelo glamour social - do Brasil e do mundo -, pelas artistas de cinema, por objetos de decoração e roupas. Anotava tudo o que lia num caderninho e sabia quem casou com quem, como era o vestido, como eram as jóias, como foi à festa, o que foi servido e quem eram os convidados (isso, sem conhecer ninguém). Com essas preocupações, não podia ser um bom aluno. Passava as aulas desenhando vestidos e só se interessava por aprender inglês, francês e geografia.

Um dia, aos 14 anos, lia num jornal sobre um crime que acontecera no Rio e que se tornaria célebre: um homossexual havia sido morto por seu caso com um castiçal na cabeça. Sua mãe o viu e disse apenas uma frase: “Eu preferia ter um filho morto a ter um filho homossexual”. Guilherme estudava num colégio de padres barnabitas e, no dia seguinte, um dos homens de batina o chamou para dar uma notícia triste: Guilherme seria expulso do colégio. Mas por quê? Porque as mães dos outros alunos haviam feito um abaixo-assinado pedindo a expulsão, por ele ser “diferente”.

O garoto, que morava em Laranjeiras, passou o dia inteiro zanzando pelo bairro, sem saber o que fazer, como chegar em casa, como contar à mãe. Já de tarde, entrou nas Lojas Americanas para comprar um caderno de desenho e topou na porta com um rapaz que conhecia de vista, nadador do Fluminense. Em desespero, pensou: “Se ele me chamar, eu vou”. Ele chamou, Guilherme foi, e teve sua iniciação sexual.

 

Sem freqüentar mais o colégio, Guilherme começou a circular em torno da Praça Tiradentes, nos tempos em que Walter Pinto e Carlos Machado, como se dizia, arrasavam no teatro rebolado. Só havia um problema: ele não podia entrar, era menor de idade. Vidrado em mulheres bonitas, um dia viu na praia uma das coristas do clube Night and Day. Arriscou chegar perto e suplicou: “Meu sonho é ver uma peça de teatro. Você não podia me ajudar?”. A vedete, Marlene Rosário, disse-lhe que chegasse mais cedo e ela o levaria até o lugar onde ficava o iluminador. Guilherme foi e se deslumbrou com as moças, que desciam de um disco cobertas de plumas e paetês, cantando e dançando, quase nuas. Viu que seu futuro tinha de seguir por ali: roupas maravilhosas para mulheres maravilhosas. Descobriu assim a sua vocação.

Antes de poder realizá-la foi convocado a prestar o serviço militar. Uma noite, encontrou um amigo que, como ele, se tornaria costureiro famoso: Denner. Pediu um conselho, e o amigo lhe disse para fazer o que ele havia feito para escapar do Exército: raspar as pernas e, em vez de cuecas, vestir Zazá, uma calcinha famosa naqueles tempos, que existia nas cores rosa, amarelo e azul. Dito e feito. Quando Gui tirou as calças, todos os machões riram e o sargento caminhou firme em sua direção. “Você está isento!”, gritou-lhe o sargento. “Aqui é lugar de homem!” Era tudo que Guilherme queria ouvir.


Gui não sabia como concretizar sua vocação. Se fosse estudar, só seria alguém aos 30 anos, e ele tinha pressa. Queria ser famoso logo. Um amigo, que encontrou num lotação contou que a Varig estava fazendo um concurso para o uniforme das aeromoças; por que ele não tentava? Contou também que o resultado seria decidido pela poderosa Charlotte Franklin, diretora da companhia em Nova York, que chegaria ao Rio na manhã seguinte. Guilherme perguntou: “Do que ela gosta?”. “De rosas vermelhas”, foi a resposta. Na manhã seguinte, bem cedo, GG estava na porta do Hotel Glória, sobraçando um colossal buquê de rosas. Ficou horas ali, até que Charlotte chegou. Entregou-lhe as flores e os croquis para o concurso, que, aliás, ganhou. Prêmio: uma passagem para Nova York e US$500. Apaixonou-se pela cidade e foi ficando, ficando.

Charlotte, por sua vez, se afeiçoou a Guilherme e encomendou-lhe alguns vestidos, que ela provaria quando viesse ao Rio. Ele a convenceu a fazer o contrário: iria ele a Nova York para as provas dos vestidos. Para variar, o atilado carioca levou a melhor, ganhou uma ponte aérea Rio-NY e uma casinha alugada, por coincidência na Gay Street, no Village. Passava as tardes andando pela Sétima Avenida, o lugar dos atacadistas de moda, mostrando seus croquis. Às vezes, vendia algum por US$10, e assim ia vivendo. Conheceu pessoas, fez amizades e, através do amigo de um amigo de um amigo, chegou à poderosa Loretta Scanell, diretora da revista Town & Country. Marcou hora, levou os desenhos e teve como resposta um vago “Eu te ligo”.

 

Demorou, mas um dia ela ligou, convidando Gui para um chá no hotel onde um costureiro italiano estaria apresentando sua primeira coleção. Seu nome: Valentino. Nessa mesma tarde, Loretta sugeriu a GG fazer um desfile na cidade, e perguntou se ele tinha condições. Ele não tinha, mas disse que tinha. Soube então que havia uma grande fábrica em Petrópolis, com todos os tecidos de que precisaria. Tomou um ônibus, bateu na porta, pediu para falar com o dono e expôs a situação. “O senhor me daria os tecidos?”, perguntou, na maior candura. O empresário disse que sim, bastava que Guilherme dissesse quantos metros precisaria de cada um. Em três dias os croquis estavam prontos, e os cálculos das metragens, feitos. Telefonou a Loretta e marcaram a data do desfile. Havia um pequeno senão: ele deveria levar cinco manequins.

Cinco manequins quer dizer cinco passagens, fora hotel, cachês etc. A Varig, que patrocinou o desfile, ofereceu as passagens, mas só três. O cachê ficaria para a volta, quando ele vendesse a coleção. Como manequins, quando estão começando, topam qualquer coisa, tudo se resolveu lindamente. O desfile foi um sucesso e deu página inteira no New York Journal American, com foto de Guilherme, chamado de “Guillaume from Brazil”. A reportagem foi reproduzida na revista Manchete, e Gui chegou ao Rio já consagrado. Rapidinho, o grand monde começou a aparecer no seu pequeno ateliê, já com três costureiras contratadas. Recebeu um telefonema de Tônia Carrero, dizendo que ia a Londres para a estréia do filme The V.I.Ps e que precisava de vestidos para a viagem. Guilherme não só fez os vestidos, como foi levá-la ao aeroporto, com direito a foto na primeira página de O Globo.

 

Logo o ateliê ficou pequeno. GG alugou um apartamento maior e contratou mais costureiras. Corria o ano de 1968. Foi quando a rainha da Inglaterra veio ao Brasil. Boa parte das elegantes do Rio encomendou vestidos a Guilherme. Aos 25 anos, ele era rico e famoso, exatamente como havia jurado. Mas a consagração mesmo veio quando um dia telefonou Carmem Mayrink Veiga, que ele não conhecia, mas idolatrava furiosamente. Carmen queria vários vestidos para o verão, entre eles um de baile, vermelho, para usar com seus rubis. “No verão as mulheres só usavam jóias de turquesa, coral, marfim e jade; esmeraldas, safiras, rubis e diamantes, só no inverno. Havia também as bolsas de ouro, que se chamavam Farah Diba. Quem não tinha uma não era ninguém.”

Suas roupas foram notadas no Swan Ball, em Nashville, ele fez um desfile no Waldorf-Astoria, em Nova York, e outro para a marca Neiman Marcus, no Texas, vestiu a rainha da Suécia, conheceu Elke Maravilha e a levou para desfilar suas roupas na Suíça. Desenhou os uniformes, chiquérrimos, para o corpo feminino da Marinha. Foi chamado por Glauber Rocha para fazer os figurinos de Terra em transe - de graça, pois a produção não tinha dinheiro. Só ouviu do diretor uma recomendação: que as roupas fossem deslumbrantes.

 

Conta que o empresário André Brett pediu que ele fizesse uma coleção de prêt-à-porter e jeans. O salário seria de US$ 8 mil mensais. GG pensou, pensou e aceitou. Foi morar em Nova York. Viajava para o Brasil duas vezes por ano, para trabalhar nas coleções. Alugou uma town house na Rua 82, entre Madison e Park, e, como não tinha dinheiro para decorá-la do jeito que queria, colava pedacinhos de papel nas paredes e no chão. Num escrevia “quadro de Picasso”, noutro “escrivaninha francesa”, em mais outro “sofá de plumas”, e assim ia.

 

O contrato com André Brett acabou, e GG resolveu abrir uma boutique na Avenida Madison. Tudo ia muito bem, até que a boutique foi assaltada e ele perdeu tudo o que tinha. Terminaram os belos dias e começaram os duros tempos em que comia pedaços de pizza, bebia Coca-Cola. Se tivesse acreditado mais em sua cartomante, Zazá (Guilherme não fazia nada sem perguntar a ela), não teria aberto a boutique. Zazá havia dito que a aventura nova-iorquina não daria certo. Mas profetizou também que, depois, ele trabalharia numa grande Maison de costura francesa. Pela primeira vez, Guigui não acreditou em Zazá.

 

Foram meses de penúria. Depois de sete anos em Nova York, GG voltou ao Brasil, em agosto de 1985, sem nada, a não ser um apartamento vazio em São Paulo; sem dinheiro para comprar uma cama, dormia num colchão no chão. Mas aí toca o telefone. Era uma proposta: ele não gostaria de fazer um teste para trabalhar com Christian Dior? Para tanto, deveria ir a Paris ser entrevistado. Dior pagou a passagem e lá se foi Guilherme, que passou em todos os testes e assinou um contrato para ficar em Paris por um mês, para “diorizar” a cabeça antes de começar a trabalhar. Zazá tinha razão!

Durante seis anos, Guilherme fez a ponte aérea Rio – Paris. Trabalhava das sete as sete e, segundo ele, foi a época mais feliz de sua vida. Até que, depois de seis anos na Dior, teve problemas. Ele se sentiu injustiçado, e processou a casa por quebra de contrato. Processou, ganhou, voltou para São Paulo em 1991 e, com o dinheiro, comprou um apartamento. Os anos haviam passado e ninguém mais lembrava dele. Pois ele recomeçou e recuperou suas clientes, uma a uma. E passou a costurar também para suas filhas e netas.

 

Dorme às nove e meia, dez da noite, jamais vai a festas. Acha que o chique é cozinheira da casa fazer o jantar.

Guilherme tinha várias agendas: uma das clientes para as quais está trabalhando no momento, outra dos compromissos marcados, outra das ligações que deve fazer naquele dia, uma de Paris, outra de Nova York e mais uma de Buenos Aires, não só com o endereço dos amigos e dos restaurantes, mas com a descrição dos pratos de que gostou e pode querer repetir, outra com os telefones para onde deve ligar se perder os cartões de crédito (com os respectivos números), uma de São Paulo, mais uma do Rio. Todas elas - dos últimos 20 anos - estão guardadas.  

Para Guilherme, o luxo da vida é pegar um avião na hora que quiser, para onde quiser, sem ter que dar satisfação a ninguém, comprar objetos de arte – tem uma tapeçaria de Lurçat e um biombo Coromandel, além do Miró.

 

Guilherme dizia, sem pestanejar, que sua melhor cliente foi Lucia Flecha de Lima. Mandava os croquis, ela aprovava e os vestidos iam prontos e perfeitos. Em 1991, hospedado na embaixada em Londres, Lucia ligou para o quarto dele e disse que queria apresentá-lo a uma amiga. GG desceu, muito à vontade, e deu de cara com uma moça loura, altíssima e linda, vestida de jeans e uma jaqueta vermelha. Era Diana, a princesa de Gales. Disse que gostava muito das roupas que ele fazia para Lucia e que adoraria ter vestidos dele, mas o protocolo a impedia: ela só podia usar roupas de costureiros ingleses. 

Hildegard e Ruth Joffily escrevem a biografia de Guimarães, "Memórias de um costureiro", que, segundo a colunista, esperava lançar com ele ainda vivo. Ela conta que, no último ano, o estilista não pode trabalhar muito. Sem dinheiro, teve que recorrer à rede pública de saúde para se tratar do câncer. 

Guilherme morreu em 2016 aos 76 de câncer no fígado.

https://emais.estadao.com.br/noticias/moda-e-beleza,morre-no-rio-o-estilista-guilherme-guimaraes-icone-da-alta-costura-nos-anos-1960-e-70,10000096444#:~:text=O%20estilista%20foi%20%C3%ADcone%20da,e%20L%C3%BAcia%20Flecha%20de%20Lima.&text=No%20cinema%2C%20foi%20respons%C3%A1vel%20pelo,assinou%20figurinos%20de%20T%C3%B4nia%20Carrero.

https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-cheiro-de-cimento-me-inebria/


 

domingo, 18 de abril de 2021

Dicas de Filmes: Era uma vez um sonho, Blue Jasmine e Documentário: O agente duplo.

Olá pessoal!

Como assim Amy Adms não concorre ao Oscar de melhor atriz?
Já passou da hora de Glenn Close levar o Oscar pra casa.
Filme baseado em história real.
É o tipo de drama que eu gosto.

 NETFLIX

Era uma vez um sonho

Drama
Direção: Ron Howard
Elenco: Amy Adams, Glenn Close, Gabriel Basso
Título original Hillbilly Elegy

Sinopse
Em Era Uma Vez um Sonho, a família Vance se muda para Ohio na esperança de viver longe da pobreza em um período pós-guerra. Quando o membro mais jovem da família cresce e se torna um estudante de direito na universidade de Yale, ele é obrigado a retornar à sua cidade natal, se deparando com o tão famoso sonho americano. Porém, ao perceber a luta de sua família contra o racismo, abusos, alcoolismo e pobreza, o jovem logo descobre que esse estereótipo americano é superficial e está longe de parecer um sonho.


Últimos dias para assistir Blue Jasmine no GLOBOPLAY.
Um dos meus filmes favoritos de Woody Allen.
E Cate? Não foi atoa que ganhou o Oscar de melhor atriz em 2014.


Comédia dramática
Direção: Woody Allen
Elenco: Cate Blanchett, Alec Baldwin, Sally Hawkins

Sinopse
Uma milionária mulher (Cate Blanchett) perde todo seu dinheiro e é obrigada a morar em São Francisco com sua irmã (Sally Hawkins) e os sobrinhos em uma casa bem modesta. Ela acaba encontrando um refinado homem (Peter Sarsgaard) que pode resolver seus problemas financeiros, mas antes precisa descobrir quem é e aceitar sua nova condição de vida.

Muito legal esse documentário, tem passagens tristes, mas tem outras engraçadas.
Concorre ao Oscar de melhor documentário.
GLOBOPLAY

Agente duplo


Título Original: The Mole Agent
Direção: Maite Alberdi
Elenco: Maite Alberdi
Gênero: Documentário
Ano de lançamento: 2020
País: Chile

Sinopse

Um investigador particular no Chile contrata uma pessoa para trabalhar como espiã em um asilo onde há a suspeita de abusos contra os idosos.


 

sábado, 17 de abril de 2021

Dicas de filmes: A vítima perfeita, The lie e O grande Ivan

 Olá pessoal!

Filme baseado no livro Perfect Victim, de Elizabeth Southall e Megan Norris. Fatos reais.
Tem muita gente doida no mundo. É assustador!
Filme médio
AMAZON PRIME

A vítima perfeita


Título original: In Her Skin
Dirigido por: Simone North
Gênero: Suspense
Países de Origem: Austrália

Sinopse

Consumida com a auto-repugnância, com 19 anos de idade, Caroline (Ruth Bradley) cobiça e rapta com a intenção de assassinar Rachel Barber (Kate Bell) de 15 anos que considera perfeita; tudo o que ela não é: bonita, segura de si e feliz. O desaparecimento de Rachel desencadeia uma reação elétrica dos seus pais e do seu namorado. Apesar da indiferença da polícia, eles montam uma campanha pública para encontrá-la.


Outro filme de pessoas desequilibradas. Esse não é baseado em fatos reais! Graças a Deus. Rs.....
Bonzinho.
AMAZON PRIME

The lie


Drama, Suspense, Policial
Direção: Veena Sud
Elenco: Peter Sarsgaard, Mireille Enos, Joey King
Título original The Lie

Sinopse

Fazendo parte da antologia Welcome to the Blumhouse, em Mentira Incondicional, um pai e uma filha estão a caminho do acampamento de dança quando avistam a melhor amiga da menina à beira da estrada. Quando param para oferecer carona, suas boas intenções logo resultam em consequências terríveis, acabando pela filha, impulsivamente, matar sua amiga. A partir de então, seus pais se envolverão em uma rede de mentiras para acobertar o terrível acontecimento, indo até às últimas consequências para proteger sua filha.

Não curto filme que bicho fala, mas como é da Disney e está concorrendo ao Oscar resolvi assisti. Meio que de má vontade!

Resultado  ADOREI! Era o filme certo para encerrar o domingo de noticias tenebrosas.

Baseado em fatos reais. Muito legal!

O grande Ivan



Comédia, Animação

Direção: Thea Sharrock

Elenco: Bryan Cranston, Ariana Greenblatt, Ramon Rodríguez

Título original The One and Only Ivan

Sinopse

Em O Grande Ivan, um gorila muito especial chamado Ivan sofre por não saber sobre o seu próprio passado. Com a ajuda de sua amiga Stela, uma elefante, eles vão atrás de pistas para desvendar os mistérios relacionados à vida passada de Ivan e planejam uma fuga do cativeiro em que vivem.


quarta-feira, 14 de abril de 2021

Mulher na história: Juíza Mary Aguiar Silva

Olá pessoal!

Estava olhando a página Bahia terra que já teve e vi a história da juíza Mary de Aguiar e Silva e achei incrível! Não conhecia a história dela e vou compartilhar com vocês.

No tempo dos coronéis, uma mulher negra no terreiro da justiça da Bahia.

A Juíza Mary de Aguiar Silva é reconhecida como a primeira mulher negra a ocupar o cargo de juíza na Bahia e no Brasil. Mary Aguiar, estava internada no Hospital da Bahia onde faleceu, em 23 de fevereiro de 2021 aos 95 anos de idade.


Em 1925, em Salvador, nascia Mary de Aguiar Silva, filha do se chofer de táxi José Catarino de Aguiar Silva e da dona de casa Guiomar Brito de Aguiar Silva. Apesar das dificuldades financeiras, a família investiu nós estudos, e Mary se formou em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1952. Seus irmãos também conseguiram concluir a graduação na mesma universidade – um se tornou médico, e a outra, enfermeira. Em 1954, Mary começou a atuar como promotora. Passou pelas comarcas de Uauá, Tucano e Condeúba, todas no interior da Bahia, até se tornar juíza em um tempo em que ser mulher, era difícil. Uma mulher negra, enfrentando o mundo dos Coronéis e poderosos, era uma novidade.

A carreira de juíza teve início em 1962 em Remanso, às margens do Rio São Francisco.. Em 1967, transferiu-se para Belmonte, no litoral sul do estado. Em 1978, seguiu para Salvador, onde atuou até se aposentar compulsoriamente em novembro de 1995, quando completou 70 anos.

Em 28 de novembro de 2018, o TJ-BA reconheceu a magistrada baiana como a primeira mulher negra a atuar na área do país. Ela foi homenageada com a outorga da Medalha do Mérito Judiciário. A Medalha homenageia personalidades nacionais ou estrangeiras por seus méritos relevantes e serviços prestados ao Poder Judiciário do estado ou do país.

A Magistrada foi uma das homenageadas do Prêmio Maria Felipa no dia 25 de julho de 2019. Em cerimônia realizada no foyer do Centro de Cultura da Casa Legislativa, as personalidades consideradas ícones do empoderamento feminino foram homenageadas com bustos que representam uma das heroínas da Independência do Brasil na Bahia.

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, da Câmara de Salvador, a vereadora Ireuda Silva, expressou a honra em ser anfitriã do Prêmio pelo terceiro ano consecutivo.

“São mulheres que empunharam suas espadas, lutaram e não precisaram botar fogo em embarcações, mas precisaram tocar fogo em si mesmas, para sentir ardor e entender que ela precisava ir avante para chegar aqui com a vitória

na mão".

Fonte Facebook Bahia terra do já teve: https://www.facebook.com/groups/bahiaterradojateve/permalink/1787702748060297


 

@renatafashionfonseca