Mulher na história Aracy de Carvalho. - RENATA FONSECA

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Mulher na história Aracy de Carvalho.

Olá pessoal!

Quando vi na tv sobre a série, lembrei que já tinha lido um livro falando justamente falando de uma mulher que ajudou os judeus, era Aracy de Carvalho.

O que ela fez foi extraordinário! Mulher de coragem e a frente do seu tempo.

Não tinha como não entrar para história de grandes mulheres brasileiras.



Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa (Rio Negro-Paraná5 de dezembro de 1908 — São Paulo28 de fevereiro de 2011) foi uma poliglota brasileira que prestou serviços ao Ministério das Relações Exteriores.

Foi agraciada pelo governo de Israel com o título de "Justa entre as Nações" pela ajuda que prestou a muitos judeus a entrarem ilegalmente no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas. Apenas um outro brasileiro, Souza Dantas, foi distinguido com este reconhecimento.

A homenagem de inclusão do nome de Aracy no Jardim dos Justos entre as Nações do Yad Vashem (Museu do Holocausto), em Israel, foi prestada em 8 de julho de 1982, ocasião em que também foi homenageado o embaixador Souza Dantas. Ela é uma das pessoas homenageadas também no Museu do Holocausto de Washington (EUA). É conhecida pela alcunha de O Anjo de Hamburgo.

Foi casada com o escritor João Guimarães Rosa.

Era filha de Sidonie Moebius de Carvalho, natural da Alta Saxônia, na Alemanha e de Amadeu Anselmo de Carvalho, um comerciante luso-brasileiro que, mais tarde, seria dono do Grande Hotel de Guarujá, cidade onde a família foi morar quando Aracy ainda era criança.

Em 1930, Aracy casou-se com o alemão Johann Eduard Ludwig Tess com quem teve o filho Eduardo Carvalho Tess, mas cinco anos depois se separou, indo morar com sua tia, Lucy Luttmer, na Alemanha. Um ano depois ela retornou ao Brasil para formalizar o desquite. Por falar quatro línguas (português, inglês, francês e alemão), conseguiu uma nomeação no consulado brasileiro em Hamburgo, onde passou a ser chefe da Seção de Passaportes.

Em 1938, em entrou em vigor, no Brasil, a Circular Secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país. Aracy ignorou a circular e continuou preparando vistos para judeus, permitindo sua entrada no Brasil. Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas. Para obter a aprovação dos vistos, Aracy simplesmente deixava de pôr neles a letra "J", que identificava quem era judeu.

Desse modo, Aracy livrou muitos judeus da prisão e do Holocausto.                                           

Ainda na Alemanha, Aracy casou-se com João Guimarães Rosa, à época cônsul adjunto. Os dois permaneceram na Alemanha até 1942, quando o governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com aquele país e passou a apoiar os Aliados da Segunda Guerra Mundial. Seu retorno ao Brasil, porém, não foi tranquilo. Ela e Guimarães Rosa ficaram quatro meses sob custódia do governo alemão, até serem trocados por diplomatas alemães. Aracy e Guimarães Rosa casaram-se, então, no México, por não haver ainda, no Brasil, o divórcio. O livro de Guimarães Rosa "Grande Sertão: Veredas", de 1956, foi dedicado a Aracy.

Sua biografia inclui também ajuda a compositores e intelectuais durante o regime militar implantado no Brasil em 1964, entre eles Geraldo Vandré, de cuja tia Aracy era amiga.

Aracy enviuvou no ano de 1967 e não se casou novamente. Sofria de Mal de Alzheimer e morreu no dia 28 de fevereiro de 2011 em São Paulo, de causas naturais, aos 102 anos. Foi sepultada no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, ao lado de seu marido, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

Sua vida é tema da minessérie "Passaporte para Liberdade" produzida pela TV Globo em parceira com a Sony Pictures Television.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aracy_de_Carvalho

                                                                                                          

 


 

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