Foi eleita
como a sétima maior voz da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil, em 2012.
Gal Costa é filha
de Mariah Costa Penna, sua grande incentivadora, e de Arnaldo Burgos. João Gilberto exerceu uma
influência muito grande na carreira da cantora, que também trabalhou como
balconista da principal loja de discos de Salvador da época, a Roni Discos. Em 1963 foi apresentada
a Caetano Veloso por Dedé Gadelha, iniciando-se a partir uma grande amizade e
profunda admiração mútua que perdura até hoje.
A cantora é
discreta quanto a sua vida pessoal. Durante sua vida manteve relacionamentos
estáveis, mas nunca foi oficialmente casada. De 1991 a 1992 viveu
junto com o empresário Marco Pereira. Gal Costa é assumidamente bissexual,
e ao longo dos anos ficaram conhecidos seus relacionamentos afetivos com
mulheres anônimas e famosas, dentre elas a cantora Marina Lima e a
atriz Lúcia Veríssimo.
Em entrevistas revelou nunca ter
conseguido engravidar devido à obstrução nas trompas, doença que surgiu
ainda na adolescência, e que tentou o processo de fertilização, mas
não obteve êxito. Seguindo os conselhos de sua mãe, decidiu entrar na fila
de adoção, mas só quando tivesse emocionalmente certa deste passo.
Em 2007, conseguiu adotar um menino de dois anos de idade, que sofria
de raquitismo devido às condições de miserabilidade extrema na qual
vivia. Ela o batizou como Gabriel. Em entrevistas, informou que o processo de
adoção foi rápido, pois a criança não contemplava as características físicas
que a maioria dos adotantes procurava.
Gal estreou ao lado
de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom
Zé e outros, o espetáculo Nós,
Por Exemplo... (22 de agosto de 1964), que inaugurou o Teatro
Vila Velha, em Salvador. Deixou Salvador para viver na casa da prima Nívea,
no Rio de Janeiro, seguindo os passos de Maria Bethânia. A primeira
gravação se deu no disco de estreia de Maria Bethânia (1965): o duo Sol Negro (Caetano Veloso), seguido do
primeiro compacto, com as canções Eu vim da Bahia, de Gilberto Gil, e Sim, foi você, de Caetano Veloso - ambos lançados pela RCA.
O primeiro LP foi lançado em 1967, ao lado do
também estreante Caetano Veloso, Domingo,
pela gravadora Philips.
Deste disco fez grande sucesso a canção "Coração Vagabundo", de
Caetano Veloso. Em 1968 participou do disco Tropicália ou Panis et Circencis (1968). No mesmo ano
gravou o segundo disco solo, "Gal", conhecido como o psicodélico, que traz o hit "Meu nome é Gal"
(Roberto e Erasmo Carlos) e deste disco foi gerado o espetáculo Gal!
Em 1970 viaja para Londres para visitar Caetano Veloso e Gilberto Gil, exilados pela ditadura militar, e dessa viagem traz algumas músicas incluídas em seu disco seguinte, "Legal". Em 1971 grava um compacto duplo importantíssimo em sua carreira, onde estão os grandes sucessos "Sua estupidez" (Roberto e Erasmo Carlos) e "Você não entende nada" (Caetano Veloso). Nesse mesmo ano realiza um dos shows mais importantes da música brasileira, "Fa-Tal", dirigido por Waly Salomão e que gravado ao vivo gerou o disco.
Em 1973 grava o disco "Índia", dirigido por Gil. Em 1974 Gal grava o disco "Cantar", dirigido por Caetano Veloso, desse disco gerou o show "Cantar", que não foi bem recebido pelo público de Gal.
Em 1975 Gal faz imenso sucesso ao gravar para a abertura da telenovela da Rede Globo "Gabriela" a canção "Modinha para Gabriela" (Dorival Caymmi). O grande sucesso da canção de Caymmi motivou a gravação do disco "Gal Canta Caymmi", lançado em 1976. Nesse mesmo ano, ao lado dos colegas Gilberto Gil, Caetano e Maria Bethânia, participa do show "Doces Bárbaros", nome do grupo batizado e idealizado por Bethânia, espetáculo que rodou o Brasil e gerou o disco e o filme Doces Bárbaros. O disco é considerado uma obra-prima.
Em 1977 Gal lança o disco "Caras & Bocas", que traz os sucessos "Tigresa" e "Negro Amor", além da música homônima ao disco que Bethânia e Caetano escreveram para Gal. Desse disco gerou-se o show "Com a Boca no Mundo". Em 1978 Gal lança aquele que seria o primeiro disco de ouro de sua carreira, "Água Viva". Desse disco surgiu o espetáculo "Gal Tropical", onde Gal Costa deu uma virada em sua carreira, mudando drasticamente de imagem, passando de musa hippie para uma cantora mais mainstream. O show "Gal Tropical" gerou o disco "Gal Tropical", em que Gal cantou alguns dos maiores sucessos de sua carreira.
Gal Costa
participou do especial Mulher
80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão. O
programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel
feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música
nacional e da inegável preponderância das vozes femininas.
Em 1980 Gal gravou o disco
"Aquarela do Brasil", focado na obra do compositor Ary Barroso.
Em 1981 Gal estreou o show "Fantasia",
um grande fracasso de crítica, mas que gerou um dos mais bem sucedidos discos
de sua carreira, tanto de público quanto de crítica, o premiado
"Fantasia", que trouxe vários sucessos. Em
1981 em seu especial produzido e exibido na Rede Globo no programa Grandes Nomes, ao qual o nome do seu especial foi seu
nome de batismo, "Maria da Graça Costa Penna Burgos".
Em 1982
Gal gravou outro disco de sucesso, "Minha Voz" Em 1983 Gal grava
outro disco bem sucedido comercialmente, "Baby Gal", que também se
tornou um show.
O espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Gal Costa integrou o grupo seleto de artistas da MPB. Gal Costa interpretou a canção A História de Lili Braun, musicado pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo.
Em 1984
Gal assina contrato com a RCA, onde grava o disco "Profana". Em 1985 grava o disco "Bem Bom".
Em 1988,
Gal grava com grande sucesso a música "Brasil" (escrita por Cazuza,
Nilo Romero e George Israel) para a abertura da telenovela da Rede Globo Vale Tudo.
Em 1990
gravou o disco "Plural". Em 1992 lança o disco "Gal", com
repertório em boa parte extraído do show "Plural".
Em 1994, Gal lançou o premiado disco "O sorriso do gato de Alice",
produzido por Arto Lindsay, desse disco gerou-se o show de mesmo nome, com direção de Gerald
Thomas, que causou polêmica por Gal cantar a música
"Brasil" com os seios nus.
Em 1995,
lançou "Mina d'água do meu canto", trazendo apenas composições de
Chico Buarque e Caetano Veloso. Em 1997, gravou o CD "Acústico MTV", sucesso de vendas, no qual cantou vários sucessos
de sua carreira e em 1999, lançou um disco duplo ao vivo "Gal Costa Canta
Tom Jobim Ao Vivo", realizando o projeto do maestro, que era fazer um
disco com a cantora.
Em 2009,
reclusa nos últimos anos para se dedicar ao filho, Gabriel, Gal Costa volta aos
palcos como convidada de Dionne Warwick.
“.
Em
dezembro de 2011 lança o álbum "Recanto", produzido por Caetano
Veloso e Moreno Veloso. Álbum com arranjos eletrônicos idealizado por Caetano
Veloso, Moreno Veloso e Kassin. Elogiadíssimo pela crítica, foi eleito o
melhor álbum de 2011.
Em 2012,
Gal Costa foi eleita a sétima maior voz da música brasileira de todos os
tempos, pela revista Rolling
Stone Brasil.
Depois de
sete anos longe de disco e show inéditos,
Gal Costa estreou a turnê do elogiado álbum Recanto no Rio de Janeiro. Com direção de Caetano Veloso,
autor de todas as músicas do CD.
No segundo
semestre de 2014, Gal lança o elogiadíssimo show Espelho
d'água, título extraído da canção homônima que ganhou dos irmãos Camelo.
Nesse ano ainda foi lançado em CD e LP o registro de um show que Gal e Gil fizeram em
Londres em novembro de 1971, gravado em estéreo diretamente da mesa de som
no Student Centre da City University London, "Live in
London '71".
Em 2015
estreou a turnê Ela disse-me
assim, dirigida pelo jornalista Marcus Preto, em homenagem ao centenário
de nascimento de Lupicínio Rodrigues (1914-2014). No fim de maio é lançado
o disco Estratosférica, comemorando seus cinquenta de carreira, recheado de
compositores novos e antigos colegas. Com direção também assinada por Preto.
Além disso, em 2016, o mesmo jornalista lançou um documentário sobre Gal,
incluindo imagens do show Fa-tal
gravadas pelo diretor Leon Hirszman em 1971.
Em 2017,
Gal lançou um CD e DVD, baseado no show Estratosférico. Neste mesmo ano de 2018, lançou o elogiado CD, A Pele Do Futuro, a sonoridade do álbum busca remeter ao estilo
musical Soul e Disco da década de 1970.
Em 2019,
lançou o elogiado show A Pele do Futuro, com direção musical de Pupillo e
direção geral de Marcus Preto, que virou um CD duplo e DVD.
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