Mulher na história: Makota Valdina - RENATA FONSECA

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Mulher na história: Makota Valdina

Olá pessoal!

Devo confessar que não sabia nada sobre Makota Valdina só tinha ouvido falar. O Google fez uma homenagem a ela não sei se no aniversário dela ou em outra data que não lembro agora.

Curiosa e bairrista que sou foi fazer minha pesquisa. Mais uma grande mulher que está na história!

Sobre Makota Valdina 


Valdina de Oliveira Pinto, conhecida como Makota Valdina (Salvador, 15 de outubro de 1943 — Salvador, 19 de março de 2019), foi uma educadora, líder comunitária e ativista brasileira. Valdina atuou boa parte da sua vida na luta pelo combate a Intolerância religiosa, como porta-voz das religiões de matriz africana, bem como dos direitos das mulheres, do meio ambiente e da população negra. Com a iniciação seu nome religioso passou a ser Makota Zimewaanga. 

Makota nasceu no bairro do Engenho Velho da Federação, na cidade de Salvador, Bahia, era filha de Eneclides de Oliveira Pinto e de Paulo de Oliveira Pinto. 

Formou-se em 1962 pelo antigo Instituto Educacional Isaías Alves (IEIA), atual ICEIA, entretanto, bem antes desta data já atuava na comunidade. Ensinou na Associação dos Moradores de Bairros, em escolas, e até na sua própria casa. Por conta da sua atuação na comunidade através do viés educacional, foi convidada a lecionar português nas Ilhas Virgens a um grupo de estrangeiros que viriam ao Brasil pelo Corpo da Paz. 

No início da década de 70 Makota abandonou o catolicismo, e em 1975, iniciou-se no Candomblé. No Terreiro Tanuri Junsara, liderado pela Sra. Elizabeth Santos da Hora, foi confirmada para o cargo de Makota – assessora da Nengwa Nkisi (Mãe-de-Santo). Com a iniciação, recebeu seu nome de origem africana, tornando-se a Makota Zimewaanga.

Foi membro do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. Exerceu a função religiosa de Makota (assistente de mãe de santo) do Terreiro Nzo Onimboyá, no Engenho Velho da Federação, bairro em que nasceu e cresceu. Desde a década de 1970, Valdina lutava contra a Intolerância religiosa e o racismo.

Durante os mais de cinquenta anos de ensinamentos e atividades em prol da preservação do patrimônio cultural afro-brasileiro, Makota Valdina recebeu diversas condecorações, como o Troféu Clementina de Jesus (UNEGRO), Troféu Ujaama, Medalha Maria Quitéria e Mestra Popular do Saber.

Em 2013, ela lançou o livro Meu Caminho, Meu Viver, durante um evento no Forte da Capoeira, no Largo Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador. O mês escolhido para o lançamento da obra simbolizou a morte de Zumbi dos Palmares, representante da resistência negra à escravidão no Brasil. Na ocasião, Makota disse esperar que o livro motivasse as pessoas a registrar suas histórias, principalmente os negros. "A história de vida de cada negro é parte de uma história coletiva que ainda está por ser verdadeiramente conhecida por muitos", escreveu na obra. 

Dirigido por Joyce Rodrigues, o documentário Makota Valdina - Um jeito Negro de Ser e Viver retratou sua vida e recebeu o primeiro Prêmio Palmares de Comunicação, da Fundação Cultural Palmares, na categoria Programas de Rádio e Vídeo. Em 2013, Makota Valdina publicou o livro de memórias intitulado "Meu caminhar, meu viver".

Foi homenageada com os prêmios: Troféu Clementina de Jesus, da União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO), Troféu Ujaama, do Grupo Cultural Olodum, Medalha Maria Quitéria, da Câmara Municipal de Salvador, e Mestra Popular do Saber, pela Fundação Gregório de Mattos.

A religiosa faleceu na madrugada do dia 19 de março de 2019, Segundo a família, Makota estava hospitalizada há um mês, no Hospital Teresa de Lisieux. Ela teria dado entrada na unidade com dores causadas por pedras no rim, mas, durante a internação foi constatada um abscesso no fígado e, no domingo, Makota sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela entrou em coma e não resistiu. Seu corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade, Makota não deixou filhos biológicos. 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Makota_Valdina


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