Vamos saber mais sobre uma das grandes primeiras damas dos EUA. E mesmo
depois que deixou a Casa Branca permaneceu nos olofotes.
Jacqueline Lee "Jackie" Bouvier Kennedy Onassis (Southampton, 28 de julho de 1929 — Manhattan, 19 de maio de 1994) foi à esposa do 35.º presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, foi primeira-dama dos Estados Unidos de 1961 a 1963, quando ele foi assassinado.
Jacqueline Lee Bouvier nasceu
no condado de Suffolk, na ilha de Long Island, litoral do estado
de Nova Iorque. Era a filha mais velha de John Vernou Bouvier III, um
corretor da Wall Street, e de Janet Norton Lee Bouvier
Auchincloss Morris. Jacqueline tinha ascendência irlandesa, escocesa e inglesa;
sua ascendência francesa era distante
Em sua infância aristocrática,
Jacqueline tornou-se uma praticante de hipismo e desenvolveu grande
entusiasmo por cavalos e competições. Essa paixão a acompanharia por toda sua
vida, ganhando troféus e medalhas. Na fazenda Hammersmith, que pertencia
ao seu padrasto, ela pôde apreciar melhor a equitação. Ela amava ler, pintar,
escrever poemas e tinha uma relação bem mais fácil com seu pai do que com sua
mãe.
Jackie teve educação excelente,
iniciou seu ensino fundamental e médio na
exclusiva The Chapin School (Manhattan, Nova York), e em Miss Porter's School (Farmington, Connecticut).
Em Vassar College (Poughkeepsie), começou sua educação acadêmica e
foi nomeada "debutante do ano" entre 1947 e 1948. No final da década
de 40 realizou uma viagem de intercâmbio para Sorbonne,
em Paris. Quando retornou, decidiu não voltar a Vassar e transferiu-se
para a Universidade George Washington, em Washington DC, onde fez
graduação em Literatura francesa.
Em 1951 Jacqueline conseguiu seu
primeiro emprego, trabalhando para o jornal Washington Times-Herald. Seu trabalho consistia em entrevistar
pessoas a respeito de temas polêmicos e escrever uma coluna. Uma das matérias
de Jacqueline para essa tarefa foi um
jovem senador de Massachusetts: John F. Kennedy.
Jacqueline estava
comprometida com John Husted em dezembro de 1951. Entretanto, o relacionamento
acabou em março de 1952 com um conselho da mãe de Jackie, que acreditava que
Husted não era rico o bastante.
Em 10 de maio de 1952, Jacqueline
conheceu o senador John F. Kennedy numa festa em Washington, realizada por um
casal amigo de ambos. John e Jackie só se reencontrariam nove meses depois em
outra festa. Kennedy convidou Jackie para saírem no fim de semana e foram a um
parque de diversões em Georgetown. Depois de se reencontrarem, eles
começaram um namoro, que terminou em noivado pouco tempo depois.
O anúncio do noivado do casal não
agradou todos os membros da família Bouvier. De acordo com um artigo
do Time Magazine,
Jacqueline Bouvier e John F. Kennedy casaram-se em 12 de setembro de 1953 em Newport (Rhode Island). Os vestidos da noiva e das damas de honra foram feitos por Ann Lowe, e a cerimônia, com duas mil pessoas, ocorreu na fazenda Hammersmith. Depois do casamento, eles retornaram a Washington DC. No entanto, John realizou duas operações para acabar com a dor nas costas proveniente de um machucado nos tempos de guerra. Com a recuperação da cirurgia, Jackie encorajou Kennedy a escrever Profiles in Courage, um livro que descreve os atos de bravura e de integridade por oito senadores dos Estados Unidos durante toda a história do Senado. A obra recebeu o prêmio Pulitzer por biografia em 1957.
Eles tiveram quatro
filhos juntos: Arabella Kennedy (natimorta, 1956), Caroline Bouvier Kennedy
(1957), John Fitzgerald Kennedy Jr (1960-1999) e Patrick Bouvier Kennedy (7 de
agosto - 9 de agosto de 1963).
O
casamento tinha seus problemas, resultantes dos casos amorosos de John F.
Kennedy e de seus problemas de debilitação de saúde, os quais foram escondidos
do público. Jacqueline passava muito tempo no começo de seu casamento
redecorando a casa e comprando roupas. Eles passaram os primeiros anos de
casamento numa residência no centro de Georgetown, Washington.
Jacqueline
era muito amiga de seu sogro, Joseph P. Kennedy, e de
seu cunhado, Robert "Bob" Kennedy.
Calma e reservada, Jacqueline foi apelidada de "the deb" por suas
cunhadas e sempre permaneceu relutante ao ser convidada para os tradicionais
jogos da família. Uma vez, quebrou sua perna num jogo de basebol.
Em janeiro
de 1960 o senador John F. Kennedy anunciou sua candidatura à presidência dos
Estados Unidos e começou a trabalhar longas horas e a viajar por todo o país.
Poucas semanas antes da campanha de seu marido, Jacqueline soube que estava
grávida, e os médicos a instruíram a ficar em casa. Mesmo assim, ela ajudou seu
marido respondendo centenas de cartas de campanha, fazendo comerciais de
televisão, dando entrevistas e escrevendo uma coluna semanal num jornal, Campaign Wife, distribuída em todo o
país. Na eleição geral em 8 de novembro de 1960, John Kennedy venceu o
republicano Richard Nixon por uma
estreita margem e tornou-se o 35° Presidente dos Estados Unidos em 1961. Jackie
tornou-se uma das mais jovens primeiras-damas da história. Ela teve um papel
bastante ativo na campanha.
Como
primeira-dama, ela foi forçada a entrar no foco público com tudo em sua vida
sob escrutínio. Jacqueline sabia que seus filhos estariam no olho público,
contudo ela estava determinada a protegê-los da imprensa e a dar-lhes uma
infância normal. Permitiu que poucas fotografias fossem tiradas deles, mas,
enquanto estava fora, o presidente Kennedy deixava o fotógrafo da Casa
Branca Cecil Stoughton tirar.
Jacqueline
convidava artistas, escritores, cientistas, poetas e músicos para se mesclarem
aos políticos, diplomatas e estadistas. Para seu "guarda-roupa
oficial", Jackie escolhia o designer de Hollywood Oleg Cassini. Durante seus dias como primeira-dama,
tornou-se um ícone da moda doméstica e internacional. Quando os Kennedy
visitaram a França, impressionou Charles de Gaulle e o público com seu francês.
O
principal projeto de Jacqueline Kennedy foi a restauração da Casa
Branca. Com a ajuda da decoradora Sister Parish,
Jacqueline transformou os quartos destinados à família presidencial em quartos
agradáveis e convenientes para vida em família e construiu uma cozinha e
quartos para suas crianças. Ela estabeleceu um Comitê de Artes para
supervisionar e financiar o processo de restauração e contratou o especialista
em móveis norte-americano Henry du Pont e o designer de interiores francês
Stephane Boudin para aconselhar o processo. Jackie criou um projeto de lei,
aprovado pelo Congresso, que estabelecia que as mobílias da Casa Branca seriam
propriedade da Instituição Smithsonian, para acabar com as reivindicações dos
móveis de ex-presidentes. Ela escreveu pessoalmente cartas para pessoas que
possuíam peças históricas, pedindo para que fossem doadas à Casa Branca. Em 14
de fevereiro de 1962, a Sra. Kennedy apresentou os resultados de seu trabalho à
televisão norte-americana em um tour pela
Casa Branca com o jornalista Charles Collingwood da CBS.
A Sra. Kennedy planejou numerosos
eventos sociais que trouxeram o casal presidencial ao foco cultural da Nação. A
apreciação pela arte, pela música e pela cultura marcou uma nova etapa na
história norte-americana. A destreza de Jackie em entretenimento deu aos eventos
da Casa Branca a reputação de serem mágicos. Ela baniu mesas longas
no salão de jantar e proporcionou oito grandes mesas redondas.
Depois da morte de seu filho
Patrick Kennedy em agosto de 1963, Jackie manteve um comportamento discreto na
Casa Branca. O presidente sugeriu que ela visitasse sua irmã na Europa como uma
maneira de recuperar-se da morte de seu filho. Jackie passou considerável tempo
relaxando na região do Mediterrâneo durante o outono. Ela fez sua
primeira aparição oficial em novembro, quando John Kennedy pediu que ela o
acompanhasse ao Texas, com a finalidade de ajudá-lo a apaziguar os ânimos.
No dia 22 de novembro de 1963, em Dallas, Jackie estava sentada ao lado de
Kennedy na limusine quando ele foi alvejado e morto. Com força e altivez ela
organizou cada detalhe do funeral do marido, o enterro no Cemitério
Nacional de Arlington, e a flama eterna que ela acendeu no túmulo de seu finado
marido.
Foi forçada a ficar longe do
olhar público. Ela foi poupada da experiência penosa de aparecer no julgamento
de Lee Harvey Oswald, que morreu em 24 de novembro de 1963 nas mãos
de Jack Ruby, um dono de boate que matou Oswald enquanto o assassino
estava em custódia da polícia.
Depois da morte de Kennedy viverem
em Georgetown, Washington por algum tempo, Jackie decidiu comprar um
apartamento luxuoso de 15 cômodos na Fifth Avenue em Nova York, com a
esperança de ter mais privacidade.
Os planos para o estabelecimento
da Biblioteca John F. Kennedy, onde ficariam guardados os papéis oficiais da
administração Kennedy, foram supervisionados por ela. A biblioteca, projetada
por Ieoh Ming Pei, possui um museu e foi dedicada em Boston em 1979 pelo presidente Jimmy Carter,
dezesseis anos depois do assassinato de Kennedy. Os governos de muitas nações
doaram dinheiro para erguer a biblioteca.
Esta etapa da vida
de Jackeline está retratada no filme Jackie, estrelado por Natalie Portman, em
2016.
Em 20 de outubro de 1968,
Jacqueline Kennedy casou-se com Aristóteles Onassis, um magnata grego, em
Skorpios, Grécia. Quatro meses e meio antes, seu cunhado, o senador Bob
Kennedy, fora assassinado em Los Angeles. Naquele momento, Jacqueline
acreditava que ela e seus filhos haviam se tornado "alvos" e que
deveriam deixar os Estados Unidos. O casamento com Onassis parecia fazer
sentido: ele tinha dinheiro e poder para garantir a proteção que ela quisesse,
enquanto que ela tinha o status social que ele almejava. Aristóteles Onassis
havia terminado seu romance com a diva da ópera Maria Callas para
desposar Jackie, que desistiu da proteção que, como viúva de um presidente,
recebia do Serviço Secreto.
Por um tempo, o casamento
arranhou a reputação de Jackie, pois para muitos ela abandonara a imagem de
"eterna viúva presidencial". Entretanto, outros entenderam este
casamento como o símbolo da "mulher norte-americana moderna", que
lutava por seus interesses financeiros e por proteger sua família. O casamento
inicialmente pareceu ser bem-sucedido, mas o estresse logo se tornou aparente.
O casal raramente passava tempo junto. Embora Onassis tenha tido uma boa
relação com seus enteados Caroline e John, Jr. (o filho de
Aristóteles, Alexander, incentivou John a pilotar aviões; ironicamente,
ambos morreram em acidentes aéreos), porém Jacqueline não se dava com sua
enteada Christina Onassis, que passava a maior parte de seu tempo viajando
e fazendo compras.
Onassis estava
planejando se divorciar de Jacqueline quando morreu em 15 de março de 1975;
Jacqueline estava com seus filhos em Nova York. Sua herança havia sido
substancialmente diminuída por causa de um acordo pré-nupcial e por uma
legislação que Onassis fez o governo grego aprovar, a qual limitava a fortuna
que uma esposa não-grega e sobrevivente poderia herdar. Jacqueline, entretanto
negociou com Christina que acabou concordando em dar a Jackie algo em torno de
26 milhões de dólares, em troca de que ela abrisse mão de qualquer
reivindicação do Império Onassis.
Com a morte de Onassis em 1975,
Jacqueline ficou viúva pela segunda vez e, com o amadurecimento de seus filhos,
Jackie pôde voltar a trabalhar e aceitou um emprego como editora na casa
editora Double Day, porque sempre havia gostado de literatura e de
escrever. No fim dos anos 70 até seus últimos momentos, o industrial e mercador
de diamantes Maurice Tempelsman, um belga, foi seu companheiro.
Em janeiro de 1994,
Jacqueline foi diagnosticada com câncer linfático. Seu
diagnóstico veio ao público em fevereiro. A família estava inicialmente
otimista, e Jackie parou de fumar com a insistência de sua filha, mas continuou
a trabalhar. Em abril de 1994, o câncer avançou, e ela saiu do hospital Cornell
e foi para sua casa em 18 de maio do mesmo ano. Ela morreu durante seu sono às
10:15 da manhã numa quinta-feira, em 19 de maio, aos 64 anos.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacqueline_Kennedy_Onassis
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