Olá pessoal!
Depois que vi a série A small light da Disney Plus quis saber mais sobre
essa mulher incrível e corajosa e lógico que fui dar uma pequena pesquisada.
Não posso deixar de falar da coragem dos outros funcionários da empresa
que também ajudaram a esconder os judeus são eles, Victor Kugler, Johannes
Kleiman e Bep Voskuijl.
Hermine "Miep" Gies (Viena, 15 de fevereiro de 1909 – Hoorn,
11 de janeiro de 2010), mais conhecida por Miep Gies, foi uma secretária e
contadora austríaca, radicada nos Países Baixos. Ela ganhou atenção mundial por
ter ajudado a família de Anne Frank (Otto Frank, Margot Frank, Edith
Frank-Holländer) e outros quatro judeus dos Países Baixos (Fritz Pfeffer,
Hermann van Pels, Auguste van Pels, Peter van Pels) a se esconder dos nazistas
no Anexo Secreto, durante a Segunda Guerra Mundial.
Miep era austríaca de nascimento, mas aos 11 anos, em 1920, foi levada
para Leiden, na província Holanda do Sul, em dezembro de 1920, na tentativa de
fugir do racionamento de comida que prevalecia na Áustria por conta da Primeira
Guerra Mundial. A família adotiva, os Nieuwenburgs, eram uma família da classe
trabalhadora que já tinha cinco filhos biológicos, mas aceitou cuidar de Miep,
apelido por eles cunhado. Inicialmente para permanecer por seis meses, mas por
conta da saúde frágil o período se estendeu por um ano. Ao fim desse período,
Mipe decidiu ficar com eles, vivendo o resto da vida nos Países Baixos.
Miep era uma ótima aluna, porém reservada e independente. Depois de se
formar no ensino médio, trabalhou como contadora e em 1933 começou a trabalhar
como secretária para a divisão holandesa de uma companhia de especiarias alemã,
chamada Opekta. Miep gostava muito de dançar e vivia em clubes de dança com as
amigas
Em 1933, Miep começou a trabalhar para Otto Frank, um comerciante judeu
que tinha se mudado da Alemanha para os Países Baixos na esperança de fugir da
perseguição nazista. Miep ficou muito próxima da família e foi o grande suporte
da família durante os dois anos em que se esconderam no anexo. Junto de seu
colega Bep Voskuijl, ela guardou o diário de Anne Frank depois da prisão da
família e manteve os papéis a salvo até a libertação de Otto do campo de
concentração de Auschwitz, em junho de 1945, quando soube da morte da filha
mais nova.
A esperança de Miep era devolver
o diário pessoalmente a Anne, mas o entregou a Otto, que compilou o diário para
sua primeira publicação em 1947. Em colaboração da escritora Alison Leslie
Gold, Miep escreveu o livro Anne Frank Remembered: The Story of the Woman Who
Helped to Hide the Frank Family, em 1987.
Otto Frank mudou a família da Alemanha para os
Países Baixos e foi indicado gerente de operações da divisão holandesa da
Opekta. Miep e seu noivo, Jan Gies, logo se tornaram amigos da família Frank.
Depois de se recusar a fazer parte de uma associação nazista feminina, o
passaporte de Miep foi cancelado e ela recebeu uma ordem de deportação para
Áustria dentro de 90 dias. Mesmo com dificuldades, Miep se casou com Jan em 16
de julho de 1941 para poder obter a cidadania holandesa e assim escapar da
deportação. A fluência de Miep tanto em holandês quanto em alemão ajudou a
família Frank a ser melhor aceita pela sociedade local e o casal era visita
frequente na casa dos Frank.
Junto de seu marido e outros funcionários da
Opekta (Victor Kugler, Johannes Kleiman e Bep Voskuijl), Miep ajudou a família
Frank, Hermann, Peter e Auguste, van Pels e Fritz Pfeffer a se esconderem no
anexo em cima dos escritórios da companhia em Amsterdã, em 6 de julho de 1942
até 4 de agosto de 1944. Depois de ver como os judeus de Amsterdã eram
tratados, Miep achava que deveria fazer alguma coisa para salvar quem pudesse.
Miep não contou a ninguém, nem mesmo seus pais sobre as pessoas que se
escondiam no anexo.
Ao comprar comida para as
famílias escondidas, Miep tentava evitar levantar qualquer suspeita, visitando
lugares diferentes durante o dia e comprando de diferentes mercados. Nunca
carregava mais do que uma sacola de comida, escondendo algumas coisas dentro do
casaco. Para impedir que outros funcionários da empresa desconfiassem, Miep
tentava não entrar no escritório abaixo do anexo durante o dia. Seu marido
também ajudava com os cartões de racionamento que obtidos de maneira ilegal.
Em seu apartamento, perto daquele que a família Frank morava antes de se
esconder no anexo, Miep e o marido, que pertencia à resistência holandesa,
escondiam um estudante universitário anti-nazista.
Na manhã do dia 4 de agosto de 1944, em sua mesa, junto de Voskuijl and
Kleiman, Miep foi confrontada por um homem armado, ordenando que eles não se
mexessem. As famílias foram descobertas pela Grüne Polizei, que prendeu todos
eles, bem como Kugler e Kleiman. No dia seguinte, Miep foi até a sede da
polícia alemã na esperança de descobrir onde eles estavam. Ela ofereceu
dinheiro para conseguir a liberdade deles, mas não conseguiu. Miep e seus
colegas poderiam ser executados por ajudar os judeus, mas ela não foi presa porque
o policial que a interrogou era de Viena e reconheceu seu sotaque, deixando-a
ir embora. Miep e o marido permaneceram em Amsterdã até o fim da guerra.
Antes que o lugar fosse esvaziado pelas autoridades, Miep encontrou o
diário de Anne e o guardou, determinada a devolver à garota quando ela
voltasse. Com o fim da guerra, Miep descobriu que Anne morreu no campo de
Bergen-Belsen e então entregou o diário e outros escritos de Anne a seu pai,
Otto, depois que ele foi libertado de Auschwitz. Depois de transcrever algumas
partes para membros da família, Otto percebeu a veia literária de Anne e
conseguiu que o diário fosse publicado em 1947. Miep Gies não leu os diários
antes de entregá-los a Otto, mas comentou posteriormente que se tivesse lido,
ela os teria destruído, já que eles continham os nomes de todos aqueles que
ajudaram a família em seu tempo no anexo.
Miep Gies morreu em 11 de janeiro de 2010, em
Hoorn, um mês antes do seu aniversário de 101 anos, devido a uma queda. Seu
corpo foi cremado e as cinzas entregue à família.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Miep_Gies
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