Olá pessoal!
Fico imaginado uma primeira dama do Brasil sendo
caricaturista, pintora, cantora, atriz e pianista. Pois ela existiu!
Sempre ouvir falar de Nair de Teffé, mas não sabia exatamente
o que ela fez, foi e representou para a sociedade e para as mulheres da época.
Um pouco sobre a ex-primeira dama do Brasil.
Nair de Teffé foi a 9ª Primeira Dama do Brasil, casou com o Presidente
do Brasil de 1910 a 1914, o Marechal Hermes da Fonseca, o que causou muita
admiração, por ela ser muito mais jovem e caricaturista. Lançou no Brasil a
moda de calças compridas para mulheres e a de montar a cavalo como homem. A
primeira dama promovia saraus no Palácio do Catete, que ficaram famosos por
introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular
reunia amigos para recitais de modinhas.
Nair de Teffé von Hoonholtz, mais conhecida como Nair de Teffé (Petrópolis, 10
de junho de 1886 — Rio de Janeiro, 10 de junho de 1981), foi
uma pintora, cantora, atriz e pianista brasileira.
É notada por ter sido a primeira caricaturista mulher
do mundo, e por ter sido primeira-dama do
Brasil de 1913 a 1914, como a segunda esposa do
marechal Hermes da Fonseca, 8.º Presidente do Brasil. Foi, até agora,
a pessoa que mais tempo teve a condição de ex-primeira-dama, 67 anos.
Nascida na cidade de Petrópolis
em 10 de junho de 1886, como filha do Antônio Luís von Hoonholtz, 1.º
barão de Teffé, e de Maria Luísa Dodsworth, baronesa de Teffé, Nair tinha mais
três irmãos: Álvaro, Oscar e Otávio. Pelo lado paterno era neta
de Frederico Guilherme von Hoonholtz, conde Von Hoonholtz. Pelo lado
materno era sobrinha de Jorge João Dodsworth, 2.° barão de Javari,
prima-irmã de Maria Leocádia Dodsworth de Frontin, condessa de Frontin, esposa
do engenheiro Paulo de Frontin, conde de Frontin.
Nair estudou
em Paris e Nice,
na França, para onde se mudou com um ano de idade. Tendo regressado ao Brasil, iniciou sua carreira por volta
de 1906.
Publicou seu primeiro
trabalho, A Artista Rejane,
na revista "Fon-Fon", sob o pseudônimo de Rian (Nair de trás para frente e
com som semelhante a 'nada', em francês, que é "rien"). Também
publicaram suas caricaturas da elite, dentre outros,
os periódicos O Binóculo, A Careta, O Ken, bem como os jornais Gazeta de Notícias e da Gazeta de Petrópolis. Seu traço era
ágil e transmitia muito bem o caráter das pessoas.
Deixou de exercer sua carreira
como caricaturista em 8 de dezembro de 1913, ao casar-se com o
então presidente da República, o marechal Hermes
da Fonseca. Embora já estivessem noivos desde 6 de
janeiro do mesmo ano. Hermes era viúvo de Orsina da
Fonseca (falecida em 1912). Depois de casada, alterou seu nome
para Nair de Teffé Hermes da
Fonseca.
Lançou no Brasil a moda de calças compridas para mulheres e a de montar a cavalo como homem. A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete — o Palácio Presidencial brasileiro da época —, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas.
As interpretações de Catulo
da Paixão Cearense fizeram sucesso e, em 1914, incentivaram Nair de
Tefé a organizar um recital de lançamento do Corta Jaca, um maxixe composto por Chiquinha
Gonzaga, apesar de Nair conhecer as músicas de Chiquinha, elas nunca se
conheceram pessoalmente. Foram feitas críticas ao governo e retumbantes
comentários sobre os "escândalos" no palácio, pela promoção e
divulgação de músicas cujas origens estavam nas danças lascivas e vulgares,
segundo a concepção da elite social. Levar para o palácio presidencial do
Brasil a música popular foi considerado, na época, uma quebra
de protocolo, causando polêmica nas altas esferas da sociedade e entre
políticos.
Logo após o término do mandato
presidencial, Nair mudou-se novamente para a Europa. Voltou para o
Brasil por volta de 1921 e participou da Semana de Arte Moderna. Resolveu
voltar para Petrópolis, onde foi eleita, em 1928, presidente da Academia de Ciências e Letras, que
extinguiu em 1929 e fundou em seu lugar a Academia Petropolitana de Letras, sendo presidente até 1932. Em
9 de abril de 1929, Nair tomou posse na Academia Fluminense de Letras.
Em 1932, retornou ao Rio de
Janeiro, onde fundou em 28 de novembro de 1932, o Cinema
Rian, na Avenida Atlântica, em Copacabana. Quando foi morar
em Pendotiba, em Niterói, adotou três crianças: Carmen Lúcia, Tânia e
Paulo Roberto.
Dezessete anos depois,
já viúva, Nair, aos 73 anos, voltou a fazer caricaturas, inclusive de
várias personalidades. No fim dos anos 1970, participou das comemorações
do Dia Internacional da Mulher.
Morreu de infecção pulmonar
agravada por insuficiência cardíaca, no Rio de Janeiro, no dia de seu
aniversário de 95 anos, em 10 de junho de 1981.
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