Mulher na história: Nair de Teffé - RENATA FONSECA

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Mulher na história: Nair de Teffé

Olá pessoal!

Fico imaginado uma primeira dama do Brasil sendo caricaturista, pintora, cantora, atriz e pianista. Pois ela existiu!

Sempre ouvir falar de Nair de Teffé, mas não sabia exatamente o que ela fez, foi e representou para a sociedade e para as mulheres da época.

Um pouco sobre a ex-primeira dama do Brasil.



Nair de Teffé foi a 9ª Primeira Dama do Brasil, casou com o Presidente do Brasil de 1910 a 1914, o Marechal Hermes da Fonseca, o que causou muita admiração, por ela ser muito mais jovem e caricaturista. Lançou no Brasil a moda de calças compridas para mulheres e a de montar a cavalo como homem. A primeira dama promovia saraus no Palácio do Catete, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas.

Nair de Teffé von Hoonholtz, mais conhecida como Nair de Teffé (Petrópolis, 10 de junho de 1886 — Rio de Janeiro10 de junho de 1981), foi uma pintora, cantora, atriz e pianista brasileira. É notada por ter sido a primeira caricaturista mulher do mundo, e por ter sido primeira-dama do Brasil de 1913 a 1914, como a segunda esposa do marechal Hermes da Fonseca, 8.º Presidente do Brasil. Foi, até agora, a pessoa que mais tempo teve a condição de ex-primeira-dama, 67 anos.

Nascida na cidade de Petrópolis em 10 de junho de 1886, como filha do Antônio Luís von Hoonholtz, 1.º barão de Teffé, e de Maria Luísa Dodsworth, baronesa de Teffé, Nair tinha mais três irmãos: Álvaro, Oscar e Otávio. Pelo lado paterno era neta de Frederico Guilherme von Hoonholtz, conde Von Hoonholtz. Pelo lado materno era sobrinha de Jorge João Dodsworth, 2.° barão de Javari, prima-irmã de Maria Leocádia Dodsworth de Frontin, condessa de Frontin, esposa do engenheiro Paulo de Frontin, conde de Frontin.

Nair estudou em Paris e Nice, na França, para onde se mudou com um ano de idade. Tendo regressado ao Brasil, iniciou sua carreira por volta de 1906.

Publicou seu primeiro trabalho, A Artista Rejane, na revista "Fon-Fon", sob o pseudônimo de Rian (Nair de trás para frente e com som semelhante a 'nada', em francês, que é "rien"). Também publicaram suas caricaturas da elite, dentre outros, os periódicos O Binóculo, A Careta, O Ken, bem como os jornais Gazeta de Notícias e da Gazeta de Petrópolis. Seu traço era ágil e transmitia muito bem o caráter das pessoas.

Deixou de exercer sua carreira como caricaturista em 8 de dezembro de 1913, ao casar-se com o então presidente da República, o marechal Hermes da Fonseca. Embora já estivessem noivos desde 6 de janeiro do mesmo ano. Hermes era viúvo de Orsina da Fonseca (falecida em 1912). Depois de casada, alterou seu nome para Nair de Teffé Hermes da Fonseca.

Lançou no Brasil a moda de calças compridas para mulheres e a de montar a cavalo como homem. A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete — o Palácio Presidencial brasileiro da época —, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas.

As interpretações de Catulo da Paixão Cearense fizeram sucesso e, em 1914, incentivaram Nair de Tefé a organizar um recital de lançamento do Corta Jaca, um maxixe composto por Chiquinha Gonzaga, apesar de Nair conhecer as músicas de Chiquinha, elas nunca se conheceram pessoalmente. Foram feitas críticas ao governo e retumbantes comentários sobre os "escândalos" no palácio, pela promoção e divulgação de músicas cujas origens estavam nas danças lascivas e vulgares, segundo a concepção da elite social. Levar para o palácio presidencial do Brasil a música popular foi considerado, na época, uma quebra de protocolo, causando polêmica nas altas esferas da sociedade e entre políticos. 

Logo após o término do mandato presidencial, Nair mudou-se novamente para a Europa. Voltou para o Brasil por volta de 1921 e participou da Semana de Arte Moderna. Resolveu voltar para Petrópolis, onde foi eleita, em 1928, presidente da Academia de Ciências e Letras, que extinguiu em 1929 e fundou em seu lugar a Academia Petropolitana de Letras, sendo presidente até 1932. Em 9 de abril de 1929, Nair tomou posse na Academia Fluminense de Letras.

Em 1932, retornou ao Rio de Janeiro, onde fundou em 28 de novembro de 1932, o Cinema Rian, na Avenida Atlântica, em Copacabana. Quando foi morar em Pendotiba, em Niterói, adotou três crianças: Carmen Lúcia, Tânia e Paulo Roberto.

Dezessete anos depois, já viúva, Nair, aos 73 anos, voltou a fazer caricaturas, inclusive de várias personalidades. No fim dos anos 1970, participou das comemorações do Dia Internacional da Mulher.

Morreu de infecção pulmonar agravada por insuficiência cardíaca, no Rio de Janeiro, no dia de seu aniversário de 95 anos, em 10 de junho de 1981.

Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nair_de_Teff%C3%A9 

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