Olá pessoal!
Mais um personagem real da novela Nos tempos
do imperador a Condessa de Barral. Mary Del Priore tem um livro sobre a
Condessa que já está na lista de compras, mas como não aguento esperar fiz uma
pesquisa.
Não sabia que ela era minha conterrânea! Uma
baiana retada.
Luísa Margarida de Barros Portugal (Santo
Amaro da Purificação, 13 de abril de 1816 — França, 14 de janeiro de 1891), mais tarde, na França, por casamento,
condessa de Barral e marquesa de Monferrato,
e no Brasil condessa da Pedra Branca, foi uma nobre brasileira. Preceptora das princesas D. Isabel e D. Leopoldina,
ela foi a grande paixão do imperador D. Pedro II do Brasil e
uma das mais vivazes figuras da corte do rei Luís Filipe I da França.
Luísa era a única filha
de Domingos Borges de Barros, o visconde de Pedra
Branca, estadista do primeiro reinado, e de sua esposa Maria do
Carmo Gouveia Portugal, descendente de tradicionais famílias
de Cristãos-novos da Bahia e do último rabino da Espanha antes
da inquisição.
Desde cedo, passou a viver com a
família entre a França e o Brasil.
Luísa então desposou Eugène de
Barral, conde de Barral e 4.° marquês de Montferrato, parente
distante de Alexandre de Beauharnais, Visconde de Beauharnais, primeiro
marido de Josefina de Beauharnais, a famosa esposa de Napoleão
Bonaparte. Isso fazia dele primo em 5º grau da Imperatriz do Brasil e segunda
esposa de D. Pedro I, a Imperatriz Amélia de Leuchtenberg, e passou a
viver na corte do rei Luís Filipe I. Eles tiveram um filho, Horace Dominique.
Com o seu casamento, ela se
tornou amiga e dama de companhia de D. Francisca de Bragança, a
princesa de Joinville, irmã de D. Pedro II. Quando a madrasta do
imperador, D. Amélia de Leuchtenberg, recusou a tarefa de ser preceptora
de suas duas filhas, D. Francisca indicou Luísa Margarida Portugal de Barros ao
imperador.
Após muita negociação e a
certificação de seus poderes, Luísa aceitou o posto. Momentaneamente
distanciada do marido, Eugène, e acompanhada de seu filho, transferiu-se para
o Rio de Janeiro.
A condessa passou a residir em
uma casa alugada, uma vez que, por ter uma família, não poderia se
contentar com um apartamento no Palácio de São Cristóvão. Foi, também,
nomeada dama de companhia de D. Teresa Cristina em setembro
de 1855, apesar de que a verdadeira companheira da imperatriz
fosse Josefina da Fonseca Costa.
Luísa Margarida tratou logo de
estabelecer sua autoridade no palácio, um local em que o poder era
muito disputado, e por isso causou a fúria de muitos
dos funcionários mais interesseiros.
Possuía personalidade exuberante, ar
assertivo, inteligência e, ao mesmo tempo, contraditória
mentalidade católica, além de beleza física. Dotada de cultura sólida
e amiga de intelectuais e celebridades da época, como Franz Liszt e
o conde de Gobineau, a condessa servia de intermediária entre o imperador
e muitos intelectuais, com os quais D. Pedro II trocou
vasta correspondência.
D. Pedro II sentia-se atraído por
tipos parecidos com o de sua madrasta D. Amélia. A condessa, assim, tornou-se
amiga íntima do imperador e, segundo a maioria dos historiadores
contemporâneos, sua amante. Imediatamente, criou-se um conflito entre a
imperatriz D. Teresa Cristina e a condessa de Barral. No entanto, logo ficou
claro que a condessa iria tentar rivalizar com a imperatriz e não há provas
conclusivas de que tenha consumado seu caso com o imperador. As poucas
correspondências remanescentes entre eles levam à dúvida se o relacionamento de
ambos não foi puramente platônico. Afinal, apesar de moderna e liberal,
Luísa Margarida aparentava ser uma católica rígida.
O relacionamento, uma amizade colorida ao tom das que
existiam na França durante o período romântico, duraria até o ano da morte
de ambos. Durante um largo período, manteve-se apenas por via epistolar. O
imperador encontrou-se com a amiga nas duas viagens que empreendeu
à Europa, em 1870 e 1887, e nos últimos meses de vida,
quando, viúvo e exilado, passou algumas temporadas na residência da condessa,
em Cannes.
D. Pedro II teria mantido
romances também com outras mulheres, como a condessa de Villeneuve, a madame de
La Tour e Eponina Otaviano. As duas primeiras eram amigas pessoais dela e
teriam sido apresentadas ao imperador como forma de "entreterem" o
amante. A condessa de Barral viria a falecer poucos meses antes do imperador.
Na década de 1940, o conde
de Barral e marquês de Montferrat, seu neto, doou ao Museu Imperial de
Petrópolis as cartas trocadas entre sua avó e o imperador do
Brasil, que evidenciam o relacionamento entre ambos. O acordo entre a condessa
e o imperador dizia que ambos deveriam queimar as cartas recebidas um do outro
imediatamente após serem lidas. Embora D. Pedro II tenha seguido as regras,
Luísa Margarida desobedecia-lhes esporadicamente e guardava algumas cartas.
Assim, as únicas cartas que sobreviveram foram recebidas pela condessa, mas
nenhuma enviada por ela ao imperador.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADsa_Margarida_de_Barros_Portugal
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