Heroínas da Independência da Bahia. - RENATA FONSECA

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Heroínas da Independência da Bahia.

Olá pessoal!

Segunda feira dia 2 de julho é o dia da Independência da Bahia quando definitivamente os português saíram do Brasil. Por tanto um feriado importantíssimo para nós baianos e deveria ser também para todos os brasileiros.  

Já postei aqui sobre uma das grandes heroínas Maria Quitéria  e hoje vou falar um pouco de Maria Felipa e a Sóror Joana Angélica.

Maria Felipa


Maria Felipa de Oliveira (Ilha de Itaparica, data incerta - 4 de julho de 1873) foi uma mulher marisqueira, pescadora e trabalhadora braçal. Junto a Maria Quitéria e Joana Angélica, participou da luta da Independência da Bahia.

Mesmo sem comprovação documental sobre Maria Felipa, sua existência já está registrada pela população itaparicana, através da memória que lhe confere diferentes significados, para estas pessoas ela é um personagem real inserido em suas histórias de vida e realidade social.

Liderando um grupo de mulheres e homens de diferentes classes e etnias, fortificou as praias com a construção de trincheiras, organizou o envio de mantimentos para o Recôncavo e as chamadas “vedetas” que eram vigias nas praias, feitas dia e noite, a fim de prevenir o desembarque de tropas inimigas além de participar ativamente de vários conflitos.
Felipa não estava satisfeita com a função de retaguarda. Resolveu partir para o combate. Sabia que uma frota de 42 embarcações se preparava para atacar os lutadores na Capital baiana. Pensou um plano e juntou 40 companheiras para executá-lo.
Saíram “vestidas para matar”. Seduziram a maioria dos soldados e seus comandantes e levaram-nos para um lugar ermo. Quando eles, animados, ficaram sem roupa, elas aplicaram-lhes uma surra de cansanção (planta que dá uma terrível sensação de ardor e queimadura na pele); enquanto isso, um grupo incendiava as embarcações.




Sóror Joana Angélica


Sóror Joana Angélica de Jesus (Salvador, 12 de dezembro de 1761 — 19 de fevereiro de 1822) foi uma religiosa concepcionista baiana, pertencente à Ordem das Reformadas de Nossa Senhora da Conceição e mártir da Independência brasileira. Era filha de José Tavares de Almeida e Catarina Maria da Silva, uma família rica da capital baiana. Foi batizada na Freguesia da Santa Fé, em Salvador.
Tinha 20 anos, quando foi aceita, em caráter de exceção, para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa em 1782. A profissão da fé foi feita em 18 de maio de 1783, quando ingressou como irmã da Ordem das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição. Permaneceu reclusa ali durante 20 anos, e foi escrivã, mestra de noviças, conselheira, vigária e, finalmente, abadessa.
Aos 60 anos atingida por um golpe de baioneta quando resistia à invasão pelas tropas portuguesas ao Convento da Lapa, em Salvador. Tornou-se assim, a primeira heroína da independência do Brasil.
Um erro cronológico sobre o acontecimento permeia muitos dos livros que tratam do assunto. É comum encontrar que a data do ataque corresponde ao dia 19 de fevereiro de 1822. No entanto, de acordo com o termo de falecimento da Madre Joana Angélica, o fato ocorreu entre 11 horas e meio-dia de 20 de fevereiro de 1822.
Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira mártir da grande luta que continuaria, até a definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a 2 de julho, data efetiva da independência baiana, data marcante num contexto de rompimentos entre as partes da então América Portuguesa com a Metrópole.
Em 20 de fevereiro de 1922 o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia comemorou o primeiro Centenário do martírio da Madre Joanna Angélica de Jesus.


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