Olá pessoal!
Segunda feira dia 2 de julho é o dia da Independência da Bahia quando definitivamente os português saíram do Brasil. Por tanto um feriado importantíssimo para nós baianos e deveria ser também para todos os brasileiros.
Já postei aqui sobre uma das grandes heroínas Maria Quitéria e hoje vou falar um pouco de Maria Felipa e a Sóror Joana Angélica.
Maria Felipa
Maria Felipa de Oliveira (Ilha de Itaparica, data
incerta - 4 de julho de 1873) foi uma mulher marisqueira,
pescadora e trabalhadora braçal. Junto a Maria Quitéria e Joana
Angélica, participou da luta da Independência da Bahia.
Mesmo sem comprovação documental sobre
Maria Felipa, sua existência já está registrada pela população itaparicana,
através da memória que lhe confere diferentes significados, para estas pessoas
ela é um personagem real inserido em suas histórias de vida e realidade social.
Liderando um grupo de mulheres e homens
de diferentes classes e etnias, fortificou as praias com a construção de
trincheiras, organizou o envio de mantimentos para o Recôncavo e as chamadas
“vedetas” que eram vigias nas praias, feitas dia e noite, a fim de prevenir o
desembarque de tropas inimigas além de participar ativamente de vários
conflitos.
Felipa não estava satisfeita com a
função de retaguarda. Resolveu partir para o combate. Sabia que uma frota de 42
embarcações se preparava para atacar os lutadores na Capital baiana. Pensou um
plano e juntou 40 companheiras para executá-lo.
Saíram “vestidas para matar”.
Seduziram a maioria dos soldados e seus comandantes e levaram-nos para um lugar
ermo. Quando eles, animados, ficaram sem roupa, elas aplicaram-lhes uma surra
de cansanção (planta que dá uma terrível sensação de ardor e queimadura na
pele); enquanto isso, um grupo incendiava as embarcações.
Sóror Joana Angélica
Sóror Joana Angélica de
Jesus (Salvador, 12 de
dezembro de 1761 — 19 de fevereiro de 1822) foi
uma religiosa concepcionista baiana, pertencente à Ordem das Reformadas de
Nossa Senhora da Conceição e mártir da Independência brasileira.
Era filha de José Tavares de Almeida e Catarina Maria da Silva, uma família
rica da capital baiana. Foi batizada na Freguesia da Santa Fé, em
Salvador.
Tinha 20 anos, quando foi aceita, em caráter
de exceção, para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da
Conceição da Lapa em 1782. A profissão da fé foi feita
em 18 de maio de 1783, quando ingressou como irmã da Ordem das
Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição. Permaneceu reclusa ali
durante 20 anos, e foi escrivã, mestra de noviças,
conselheira, vigária e, finalmente, abadessa.
Aos 60 anos atingida por um golpe de baioneta quando
resistia à invasão pelas tropas portuguesas ao Convento da Lapa, em
Salvador. Tornou-se assim, a primeira heroína da independência do Brasil.
Um erro cronológico sobre o acontecimento permeia muitos dos livros que
tratam do assunto. É comum encontrar que a data do ataque corresponde ao dia 19
de fevereiro de 1822. No entanto, de acordo com o termo de falecimento da Madre
Joana Angélica, o fato ocorreu entre 11 horas e meio-dia de 20 de fevereiro de
1822.
Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira mártir da grande luta que continuaria, até a
definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a 2 de julho, data efetiva da independência baiana, data
marcante num contexto de rompimentos entre as partes da então América Portuguesa com a Metrópole.
Em 20 de fevereiro de 1922 o Instituto
Geográfico e Histórico da Bahia comemorou o primeiro Centenário do
martírio da Madre Joanna Angélica de Jesus.
Nenhum comentário: