Olá
pessoal!
Estava
assistindo a chegada da seleção na Rússia e achei todos muito elegantes de
terno. Fui pesquisar mais sobre essa mudança no look da seleção que foi sem
dúvidas para melhor.
O
traje mais formal não é novidade há muito tempo. Segundo o Coordenador de
Seleções, Edu Gaspar, a ideia foi a de retomar uma tradição de quando a Seleção
Brasileira seguia para a competição trajando ternos personalizados.
Ele conta que teve a ideia de encomendar
um novo traje de apresentação ao ver fotos da equipe campeã de 1958.
“Quis resgatar essa tradição, a
importância de representar o Brasil numa Copa”, disse Edu por telefone, da CBF.
Edu Gaspar tem como modelo de
elegância o escrete de 1958.
As fotos de época mostram Vavá, Didi e
Pelé de costume marrom e gravata azul segurando a Jules Rimet depois da
conquista na Suécia.
As fotos de época mostram Vavá, Didi e Pelé de costume marrom e gravata azul segurando a Jules Rimet depois da conquista na Suécia.
O
estilista Ricardo Almeida foi o profissional escolhido para produzir uma
alfaiataria exclusiva e sob medida para a delegação brasileira de futebol
durante o evento esportivo de 2018. O projeto especial contempla a criação de
um costume (blazer e calça) com cores e detalhes especiais para o momento, que
tem como objetivo de resgatar uma tradição da apresentação da seleção brasileira
com uma alfaiataria sofisticada.
O
ponto de partida do projeto foi à modelagem que ganhou atenção especial do
estilista. “Quis desenvolver uma modelagem para valorizar o corpo atlético,
evidenciando o shape que cada jogador tem de melhor”, explica Ricardo
Almeida. No caso, por exemplo, a calça e o blazer respeitam o shape do
jogador sem perder a estética da assinatura do estilista e valorizando o corpo
atlético de cada um deles. “Os jogadores não perderão a própria personalidade e
a essência do universo esportivo ao usar uma alfaiataria. Quisemos desde o
início respeitar essa premissa, uma vez que eu sempre valorizo, no meu dia a
dia, a identidade e estilo de vida do cliente”, explica Ricardo Almeida.
O
costume sob medida foi produzido em 100% lã fria, a qual é composta por fios
com duas cores diferentes, uma combinação de azul royal e preto, que revela um
novo tom de azul marinho com efeito changeant (muda sutilmente a cor conforme a
incidência de luz). “Foi uma forma de levar um toque diferenciado e
moderno para a alfaiataria que, mesmo com uma cor clássica como o azul marinho,
ganha um resultado inovador aos olhos de quem vê. Não é só um azul marinho. É
um azul marinho particular e pensado para esse momento tão especial”, sinaliza
Ricardo.
O
destaque em cada traje fica para o forro do blazer, que o estilista criou
especialmente para homenagear todas as conquistas da seleção. O interior do
blazer vem com uma padronagem de jacquard inspirada no construtivismo russo -
uma estética que sintetiza as imagens em formas geométricas simples, buscando
passar uma mensagem de forma rápida. Assim, quem observa o forro consegue ver
as taças e os anos que a seleção brasileira foi campeã ao longo da história dos
campeonatos mundiais de futebol.
Os
jogadores vestirão traje monocromático, composto por costume, camisa e gravata
azul de seda super slim (4 cm); enquanto a equipe técnica usará costume azul
com camisa branca e gravata azul de seda de largura 6 cm, um pouco mais próxima
do estilo clássico do acessório. Um outro detalhe a ser contado é a
camisa dos jogadores que traz um colarinho estreito, diferente das tradicionais
camisas sociais.
A
sapataria não ficou de fora do processo criativo do projeto. Os sapatos
de couro foram desenvolvidos na fábrica de sapatos do estilista, localizada na
cidade de Franca (SP), com uma fôrma especial adaptada aos pés dos atletas.
Vale a pena destacar a composição de cada parte do sapato: solado de EVA;
revestimento de neoprene interno, como se fosse uma meia, referenciando assim o
estilo esportivo; e a estética do sapato brogue, que busca levar com sutileza o
código clássico da sapataria, normalmente usada na alfaiataria. “A intenção era
criar um sapato que tivesse o estilo clássico de um sapato social, mas ao mesmo
tempo a estética e conforto de um tênis. Unir a sola de EVA com o revestimento
interno de neoprene foi a melhor forma de levar o lifestyle do mundo esportivo
para o sapato”, indica o estilista. Os cintos de couro foram pensados para
compor a alfaiataria com um ar mais moderno, com as nuances de cores feitas com
pintura manual e finalização com tratamento especial que escurece algumas
áreas, resultando em um degradê em tons marrons e preto.
BRASIL RUMO AO HEXA!!!
Fontes
https://veja.abril.com.br/revista-veja/uma-jogada-de-classe/
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