Emílio Pucci - RENATA FONSECA

domingo, 17 de março de 2013

Emílio Pucci

Olá pessoal!

O post de hoje é sobre o estilista italiano Emílio Pucci.



Emilio Pucci nasceu em 1914 de uma das mais antigas famílias nobres de Florença, e que vivem e trabalham no Palácio Pucci em Florença durante a maior parte de sua vida. Ele era um desportista, que nadou, esquiei, tênis, cercada jogou e correu carros. Na idade de 17 ele viajou para Lake Placid como parte da equipe italiana nos Jogos Olímpicos de Inverno 1932, mas não competir.

Depois de dois anos na Universidade de Milão, ele estudou agricultura na University of Georgia, em Athens, Geórgia, onde se tornou membro da Sociedade Literária Demosthenian. Em 1935 ele ganhou uma bolsa de esqui a Reed College, em Oregon, recebeu um mestrado em ciências sociais da Reed em 1937, e concluiu seu doutorado (laurea) em ciência política pela Universidade de Florença no mesmo ano. Em 1938 ele se juntou à Força Aérea Italiana, e serviu como um SM 79 bombardeiro torpedo piloto durante a Segunda Guerra Mundial, subindo para a patente de capitão e decorado para valor no momento em que ele deixou para prosseguir a sua carreira de moda.

Em 2000, a casa Pucci passou a ser controlada pelo poderoso grupo LVMH, detentora de várias marcas de luxo como, entre outras, Fendi e Givenchy. Desde então, o nome de Emilio Pucci voltou a figurar entre as grifes importantes de moda italiana e passou a desfilar na concorrida Semana de Moda de Milão.


O estilo único e revolucionário de Emilio Pucci

O estilista italiano Emilio Pucci está no nosso imaginário como aquele que criou estampas geométricas ultracoloridas que viraram mania nos anos 60, mas sua contribuição ao mundo da moda vai muito, além disso. Ele criou vários tecidos, como o jérsei de seda, patenteado por ele assim como o Emilioform, tecido composto por 45% de xantungue e 55% de nylon. Apaixonado por tecidos sintéticos e por esportes, Pucci se lançou ao sportswear desde o início de sua carreira como designer de moda no final dos anos 40 e início dos 50 ao criar roupas para esqui.

Ainda trabalhava como piloto da aeronáutica italiana quando, por intermédio de uma amiga fotógrafa, criou alguns modelos para uma matéria de moda da revista Harper's Bazaar publicada em dezembro de 1948 com o título "An Italian Skier Designs" (Designs de um esquiador italiano). A poderosa e visionária editora Diana Vreeland logo o indicou para uma das maiores lojas norte-americanas, a Lord & Taylor.

Nessa época, a moda era totalmente influenciada pela alta-costura francesa e o New Look de Christian Dior era o grande sucesso mundial. Paralelamente, era desenvolvida nos EUA uma florescente indústria do sportswear que buscava aliar a elegância ao conforto. Pucci, que havia estudado em escolas americanas, parecia compreender muito bem essa nova necessidade. De origem nobre, nasceu em 20 de novembro de 1914, na cidade italiana de Nápoles e carregava o título de marquês de Barsento. Ele pertencia a uma das famílias mais importantes da aristocracia italiana e estava acostumado ao requinte e à sofisticação da vida florentina. A união entre o antigo e seu espírito moderno e arrojado ajudou a criar uma imagem fascinante que logo atraiu a imprensa americana.

A marca Pucci esteve presente também em objetos de decoração A ilha de Capri foi muito importante na carreira de Emilio Pucci. Foi lá que ele criou, em 1949, uma linha de maiôs e roupas esportivas que podiam ser usadas durante todo o dia. O sucesso foi imediato e de Capri rapidamente se espalhou por todo o Mediterrâneo na pele de suas frequentadoras elegantes e refinadas. Sua primeira loja, "La Canzone del Mare", foi aberta em Capri, em 1950, mesmo ano em que decidiu abandonar a carreira militar. Todo o clima da ilha italiana teve grande influência também na escolha das cores e estampas de suas criações que mais tarde caracterizaria o chamado "estilo Pucci".

De certa forma, o designer italiano revolucionou a moda dos anos 50 com um conceito inédito da união entre o traje formal e o traje esportivo. Sua intenção era libertar a mulher das vestimentas pesadas e incômodas, facilitando o dia-a-dia daquelas que começavam a entrar no mercado de trabalho. Ele já havia se tornado, ainda nos 50's, um fenômeno de moda, tanto na Europa quanto do outro lado do oceano.

Nessa época, ele criou uma revolucionária linha de roupas íntimas em seda strecht que não comprimiam o corpo feminino, o que era comum ainda nesse período para apertar a cintura e evidenciar os seios. A partir daí, surgiram outros desafios, como a criação de uma coleção de porcelana de mesa e, em 1965, a criação de um guarda-roupa completo para as aeromoças da Braniff International, uma extinta companhia aérea texana. E entre tapetes, louças e toalhas de banho, Pucci desenhou, em 1971, o emblema da missão Apolo 15 para a Nasa e, em 1977, o modelo e o interior do Ford Lincoln Continental.

A coleção mais conhecida do estilista foi a de 1966, chamada Vivara, o mesmo nome do seu primeiro perfume lançado em fevereiro do mesmo ano. O motivo gráfico Vivara sintetiza as linhas e formas abstratas mais distintas de sua carreira, tendo sido reproduzidas em seda, algodão, toalha, plástico e papel. O ano de 1967 foi marcado pela chamada "puccimania" que se estendeu pelos anos 70. Sua imagem de moda vanguardista o colocou entre os grandes estilistas nas décadas de 60 e 70. Épocas de contestação e libertação femininas, suas roupas de tecidos pintados, estampados e bordados, produzidas com materiais inovadores, privilegiavam a identidade da mulher de seu tempo.

Pucci já havia percebido toda a mudança cultural pelo qual passava o mundo e, consequentemente, a mudança de comportamento que afetaria a moda. A influência da juventude na evolução da estética era inevitável. O estilista retomou então o jeito esportivo e funcional dos anos 20. Golas pequenas, cinturas baixas para vestidos, lenços com franjas enormes, tecidos leves e moles e proporções regulares dos ombros acompanhavam as tendências do que era usado nas ruas. Suas bolsas viraram mania e são reproduzidas até hoje. Nos anos 80, houve uma renovação do chamado "made in Italy", impulsionado pelo desejo de profissionalismo e pela volta aos tecidos clássicos e naturais. 

Antes de morrer, em 29 de novembro de 1992, Pucci ainda assistiu a um retorno inesperado do seu trabalho. Usadas por personalidades como Paloma Picasso e Isabella Rossellini, suas criações ocupavam novamente as páginas das revistas e jornais de moda.

Créditos

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mulher-emilio-pucci/emilio-pucci.php


Nenhum comentário:

@renatafashionfonseca