Além
de um estilo inovador de
contar a história (sem falas e em preto e branco), O Artista se
destaca também pelo figurino. Este foi criado por Mark Bridges (que ganhou o Bafta nessa categoria). Em um
filme mudo, o figurino e
outros elementos têm forte importância, pois os figurinos de certa forma
“falam”, além de ajudar na construção dos personagens.
O interessante no figurino de O Artista é a ascensão da personagem Peppy
Miller ao longo da trama da aspirante a atriz e dançarina, a atriz famosa.
Nessa sua fase promissora, a personagem aparece rodeada de peles e plumas e
vestidos fluidos e brilhosos.
De forma contrária se vê no personagem George
Valentin, que começa a história de forma promissora, como famoso ator, vestidos ternos alinhados; para chegar
à decadência, com farrapos.
Vale
salientar que o filme se passa no final da década de 1920 e início da década de 1930, época revolucionária no mundo da moda, pois houve
uma quebra dos paradigmas de formas, principalmente no guarda roupa feminino.
O
filme é revolucionário, pois foi um desafio fazer os figurinos em um longa
todo preto e branco.
Bridges comentou que tirava fotos dos tecidos em preto e branco para ter uma
ideia de como ficariam na tela.
Um
exemplo desse desafio que
foi criar o figurino para o filme,
numas das primeiras cenas em que os personagens principais de conhecem, a
personagem usava um vestido laranja vivo, que na tela ficou um cinza médio e
para dar contraste, ele criou colarinhos e chapéus em cloche.
Outro desafio da produção foi criar
a modelagem de roupas
daquela, as mangas em viés e a saia também. Somente nesse domingo saberemos o
resultado do Oscar.
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