Como já sabem adoro temas relacionados a corrida espacial,
espaço, universo, astronautas e tudo que tenha sobre o assunto. E não podia
deixar de me interessar sobre as mulheres que participaram/colaboraram com a
corrida espacial dos EUA.
Dorothy Vaughan foi uma dessas matemáticas incríveis. Tem outras duas postagens sobre Mary W Jackson e Ketherine Jhonson aqui no blog.
Dorothy Johnson Vaughan (Kansas City, 20 de setembro de 1910
— Hampton, 10 de novembrode 2008), foi uma matemática estadunidense, que
trabalhou na National Advisory Committee for Aeronautics (NACA), a agência
predecessora da NASA. Em 1949, ela foi a primeira mulher negra a ser promovida
chefe de departamento na NASA.
Nascida Dorothy Johnson, em Kansas City,
Missouri, era filha de Annie e Leonard Johnson. Quando era adolescente, a
família se mudou para Morgantown, Virgínia Ocidental, formando-se no ensino
médio em 1925, entrou na Universidade Wilberforce, em Ohio em 1929.
Tornou-se professora para auxiliar a família, abandonando o
sonho de fazer mestrado, durante a Grande Depressão. Casou-se em 1932, com
Howard Vaughan e tiveram quatro filhos. Para ganhar algum dinheiro durante as
férias e aumentar a renda da família, Dorothy começou a trabalhar na lavanderia
de um quartel durante a Segunda Guerra Mundial. Foi nessa época que viu vagas abertas para
gente com formação em matemática para o Langley Research Center,
especializando-se em rotas de voo, Projeto Scout, e programação FORTRAN.
A Ordem Executiva 8802 proibia a discriminação racial na
indústria de defesa nos Estados Unidos, o que permitiu a contratação de negros
para os órgãos federais, sem discriminação de cor, ao menos no papel. Foi esta
ordem que possibilitou a contratação de dezenas de profissionais negros para
agências como a NACA e foi ela quem possibilitou a contratação de Dorothy, em
1943. Uma vez contratada, ela foi designada para a West Area Computers, uma
área segregada da instalação, com mulheres negras com formação em matemática,
cujos cálculos foram usados em projetos espaciais e de aviação.
A área era segregada, mesmo que uma lei federal impedisse a
segregação. Um cartaz na cafeteria da instalação foi removido diversas vezes,
que designava uma mesa apenas para negros, até que a placa não foi mais
recolocada. Em 1949, ela se tornou chefe da West Area Computers, um grupo de
trabalho composto inteiramente de mulheres negras e matemáticas. Essa promoção
a tornou a primeira supervisora negra na NASA, uma das poucas mulheres, em uma
época em que o racismo era explícito no país.
Como líder da equipe, ela instruiu novos conceitos aos
funcionários, tanto os novos quanto os já existentes. A matemática Katherine
Johnson foi designada para o grupo de Dorothy antes de ser transferida para o
Langley's Flight Research Division. Em uma entrevista em 1994, ela relembrou os
tempos em que trabalhou em Langley na Era Espacial e que sentia que
"trabalhava no limite de algo muito excitante".
Dorothy continuou em Langley depois da NACA se tornar NASA,
se especializando em computação e em programação FORTRAN. Trabalhou nos centros
de pesquisa e análise computacional de Langley, participando dos testes do
Projeto Scout (Solid Controlled Orbital Utility Test system) na Wallops Flight
Facility.
Dorothy se aposentou da NASA em 1971 e faleceu
em 10 de novembro de 2008.
Em 2016, o nome de Dorothy voltou à mídia no
filme Hidden Figures, no qual ela é interpretada pela ganhadora do Oscar, a
atriz Octavia Spencer. O filme é baseado no livro de mesmo nome, da escritora
Margot Lee Shetterly, que documenta as trajetórias de Dorothy, Katherine
Johnsone Mary Jackson.
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