Mulher na história: Dra. Jane Cooke Wright - RENATA FONSECA

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Mulher na história: Dra. Jane Cooke Wright

Olá pessoal!

Gente quantas mulheres foram importantes nas mais diversas áreas. E quando tenho conhecimento sempre quero saber mais.

A Dra. Jane foi muito importante para o tratamento do câncer. Vamos saber mais sobre ela.


Jane Cooke Wright foi uma médica oncologista afro-americana, pioneira no desenvolvimento da quimioterapia. Neta de um ex-escravo e filha de um dos primeiros negros a se graduarem em medicina em Harvard e o primeiro médico negro indicado para a equipe de um hospital da cidade de Nova Iorque. Uma família de médicos que desafiou as barreiras raciais em uma profissão até então dominada por homens brancos.

Em tempos que quase não se via médicos afro-americanos e ainda menos mulheres, Jane tornou-se uma líder na área da oncologia. Ela foi co-fundadora da American Society of Clinical Oncology (ASCO) e reitora associada da New York Medical College. Ela também foi a primeira mulher a ser presidente da New York Cancer Society.

Depois de se formar em 1945 na New York Medical College, começou a carreira na pesquisa sobre o câncer, trabalhando com seu pai no Harlem Hospital. Pesquisavam tratamentos para a doença em um momento em que a oncologia era uma especialidade cirúrgica.

No início do século passado, o câncer era tratado tipicamente com a combinação de cirurgia e radioterapia (aplicação de ondas de radiação ionizante, raio-X por exemplo, diretamente no tumor). Embora muitas vezes essa estratégia fosse eficiente, em outras não curava a doença, mostrando que terapias alternativas se faziam necessárias. Adicionalmente, foi observado em alguns casos o efeito rebote – surgimento de novos tumores ainda mais agressivos. Estes tratamentos eram as melhores opções por muito tempo, até Jane propor a quimioterapia, uma abordagem terapêutica baseada no uso de agentes químicos para eliminar as células cancerígenas.

Depois de se formar em 1945 na New York Medical College, começou a carreira na pesquisa sobre o câncer, trabalhando com seu pai no Harlem Hospital. Pesquisavam tratamentos para a doença em um momento em que a oncologia era uma especialidade cirúrgica.

Jane iniciou, em 1949, seu trabalho pioneiro no laboratório de seu pai na fundação de pesquisa do câncer do Hospital Harlem (Harlem Hospital Cancer Research Foundation), analisando uma ampla gama de compostos quimioterápicos. No seu estudo, Jane explorava a relação entre a resposta do paciente e a cultura de tecidos e, assim, criando novas técnicas para a administração de quimioterapia contra o câncer. Junto com seu pai, demonstrou que células tumorais poderiam ser removidas e estudadas no laboratório a fim de entender seu comportamento e pesquisar quais terapias seriam mais indicadas para combatê-las. Desta forma, Jane foi uma das principais pesquisadoras a testar e prever a eficácia das drogas com ação quimioterápica em células cancerígenas. As técnicas que eles desenvolveram ainda são usadas atualmente e são a base para o desenvolvimento de novas terapias.

Jane entendeu que uma vez que o câncer está sempre se modificando, uma abordagem múltipla se faz necessária para ser bem-sucedida no combate à doença. Assim, ao longo de sua carreira, Dra. Jane foi uma forte defensora do uso combinado de terapias, ou seja, mais de um tratamento para combater o mesmo tumor, porém de forma muito estabelecida e não aleatória. A pesquisa de Jane também nos faz pensar o tanto que perdemos quando geramos exclusões nas pesquisas: somos uma sociedade melhor quando somos uma sociedade por todos e para todos.

Jane desenvolveu técnicas para abordar o tratamento do câncer, que poupava tempo. Em vez de testar os quimioterápicos diretamente nos pacientes, Jane testava apenas amostras de seus tecidos cancerosos. Isso lhe permitia criar prontamente o tratamento mais eficaz.

Também encontrou um modo de tratar tumores de difíceis acesso. Em vez de remoção cirúrgica de todos os tumores, que poderia acontecer a remoção de órgãos inteiros, desenvolveu um modo menos invasivo de se levar os quimioterápicos exatamente a algumas áreas do corpo por meio de um cateter.

Jane faleceu no dia 19 de fevereiro de 2013 em sua casa em Guttenberg, Nova Jersey, EUA. Ela sofria de demência e tinha 93 anos. 

http://mtciencias.com.br/mulheres/jane-cooke-wright/

https://www.cecierj.edu.br/2020/07/21/agora-e-que-sao-elas-jane-cooke-wright/


 

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