Olá pessoal!
Katherine Johnson foi uma grande matemática que faleceu no dia 24/02/2020 aos 101 anos.
Vamos saber mais sobre essa mulher que deixou sua marca na história.
Katherine Johnson (física, cientista, matemática) calculou de cabeça e à
mão a jornada do Apollo para Lua. Na época trabalhava como computador da Nasa.
Ela foi retratada no livro Estrelas além do Tempo, que virou um filmaço com o
mesmo nome, junto com outras mulheres negras importantíssimas para a evolução
do mundo, mas que ficavam no anonimato. Dia 26 de agosto de 2019 ela fez 101
anos!
Katherine
Coleman Goble Johnson (White Sulphur
Springs, 26 de agosto de 1918 – 24 de fevereiro de 2020)
foi uma matemática, física e cientista espacial norte-americana.
Ela fez contribuições fundamentais para a
aeronáutica e exploração espacial dos Estados Unidos, em especial em aplicações
da computação na NASA. Conhecido pela precisão na navegação astronômica informatizada,
seu trabalho de liderança técnica na NASA se estendeu por décadas onde ela
calculava as trajetórias, janelas de lançamento e caminhos de retorno de
emergência para muitos voos de Projeto Mercury, incluindo as primeiras
missões da NASA de John Glenn, Alan Shepard, o voo da Apollo 11,
em 1969, à Lua e trabalho contínuo por meio do programa dos ônibus espaciais e
sobre os planos iniciais para a missão a Marte.
Em 2016, foi incluída na lista de cem mulheres
mais inspiradoras e influentes pela BBC.
Muito
cedo, Katherine mostrou talento para matemática e seus pais enfatizavam a
importância da educação para os filhos. Como o condado de Greenbrier não
oferecia escola para estudantes negros após a oitava série, as crianças da
família foram para o ensino médio no condado de Kanawha, no chamado Instituto,
onde hoje é a universidade de West Virginia.
Katherine se formou no ensino médio aos 14
anos. Aos 15
anos, ela iniciou os estudos na universidade, onde estudou em todos os cursos
que ofereciam matemática. Vários professores a apadrinharam, incluindo a
matemática e química Angie Turner King, que a orientou durante o ensino médio e
W.W. Schiefflin Claytor, o terceiro negro a receber um doutorado em matemática
no país, que chegou a criar novos cursos de matemática especialmente para
Katherine. Ela se formou em 1937, com notas máximas em matemática e francês,
aos 18 anos.
Katherine optou pela matemática com interesse em pesquisa na área, um caminho com muitas portas fechadas para negras na época. Os primeiros empregos que conseguiu eram para lecionar. Em uma reunião de família, um parente mencionou que a NACA, que viria a se tornar a NASA, estava com processo seletivo aberto para mulheres, em especial negras, para seu departamento de navegação. Katherine se inscreveu em 1953 e foi imediatamente aceita no novo time da NASA.
De 1953 a 1958, ela trabalhou como
"computador", fazendo análises para tópicos como a redução da rajada
para as aeronaves. Originalmente designada para a seção da West Area
Computers, onde era supervisionada por Dorothy Vaughan, Katherine foi
redesignada para a Divisão de Controle e Orientação da Divisão de Pesquisa de
Voo. Porém, Katherine e as outras mulheres negras da divisão de computação eram
conhecidas como "computadores de cor" e sujeitadas à segregação,
trabalhando, comendo e usando banheiros separados de seus colegas brancos até
que essa divisão segregada fosse terminada em 1958. De 1958, até sua aposentadoria em 1986, ela
trabalhou como técnica aeroespacial. Katherine ainda trabalhou para a seção de
Controles aeroespaciais, onde calculou a trajetória de voo de Alan Shepard, o primeiro
norte-americano no espaço, em 1959. Calculou também a janela de lançamento
do Projeto Mercury, em 1961. Katherine plotou cartas de navegação,
orientando naves pelas estrelas em caso de falha eletrônica e, em 1962,
verificou os primeiros cálculos de computador da órbita de John Glenn ao redor
da Terra. Glenn pediu
por ela pessoalmente para verificar os números de seu computador de bordo e se
recusou a voar até que ela fizesse a verificação.
Em 24 de novembro de 2015, o presidente Barack
Obama incluiu Katherine na exclusiva lista de dezessete estadunidenses que
receberam a Medalha Presidencial da Liberdade e seu nome foi citado como
exemplo pioneiro de mulheres negras na ciência, tecnologia, engenharia e
matemática.
Em março de 2016, começaram as finalizações do
filme Hidden Figures, que foi lançado em 2017, sobre três
cientistas negras da NASA que calcularam as trajetórias de voo do Projeto
Mercury e do Apollo 11 nos anos 1960. O filme é baseado no livro de Margot Lee Shetterly que
documentou as carreiras e as contribuições de Katherine Johnson, Dorothy
Vaughan e Mary Jackson. Katherine é interpretada pela atriz indicada
ao Oscar Taraji P. Henson.
Em 1939, ela se casou com James Francis Goble
e constituíram família. O casal teve três filhas: Constance, Joylette, e
Katherine. Em 1956, James morreu devido a um tumor inoperável no cérebro. Em
1959, Katherine se casou com o tenente-coronel James A. Johnson e continuou sua
carreira na NASA. Katherine teve seis netos e quatro bisnetos e vivia em
Hampton, Virginia. Ela continuou a encorajar estudantes a perseguir suas
carreiras em ciência e tecnologia.
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