Olá pessoal!!
Um tempo atrás, se eu não me
engano, visitando o museu do Traje e do têxtil no Instituto Feminino vi um
vestido de Paul Poiret e fiquei encantada e curiosa para saber um pouco mais
sobre este estilista.
Paul Poiret (1879 - 1944)
O costureiro que libertou a
mulher do espartilho Paul Poiret (20 de abril de
1879, Paris, França – 30 de abril de 1944, Paris) foi um designer de moda
francês durante as duas primeiras décadas do século 20. Suas contribuições para
o seu campo ter sido comparado ao legado de Picasso na arte do século 20.
Quando adolescente Poiret
levou seus esboços para Louise Chéruit, uma
costureira de destaque, que comprou uma dúzia dele. Poiret continuou a
vender seus desenhos para grandes casas de costura parisiense, até que ele foi
contratado por Jacques Doucet, em
1896. Seu primeiro projeto,
uma capa de pano vermelho, vendeu 400 cópias. Poiret mais tarde
mudou-se para a House of Worth, onde
foi responsável por projetar vestidos simples e práticos. A "modernidade bronze de seus
projetos", no entanto, provou ser demais para a clientela conservadora de
Worth.
Com apenas 24 anos em 1903 Poiret estabeleceu a sua
própria casa. A França deste
período vivia a tendência do orientalismo. A apresentação da peça Shérazade
(balé russo) cujos figurinos eram assinados por Léon Bakst, deu início a esta
tendência. As cores fortes, as calças odaliscas e os tecidos brilhantes
passaram a fazer parte das criações de Poiret.
Desejava revigorar a moda do
seu tempo, ou seja, não havia nenhuma preocupação com a saúde, mas sim com a
estética da silhueta feminina. Para o costureiro a beleza da mulher deveria ser
vista de forma natural e como suporte bastaria usar o soutien e uma cinta. O
soutien moderno e a calcinha (caçelons) confeccionada de seda e algodão menos
volumosa são suas criações.
Para a mulher que precisava
usar todos os dias o apertado espartilho, foi uma revolução. Poiret ficou
conhecido por liberar as mulheres desse incômodo acessório. Agora ao
invés de espartilhos, a mulher poderia usar ligas e soutiens.
Poiret desbancou a moda
ostentativa predominante desde século XVI, disse certa vez para a revista Vogue
(1913): “Vestir uma mulher não é cobri-la com ornamentos, mas sim sublinhar o
significado de seu corpo e realçá-lo, envolver a natureza em um contorno capaz
de acentuar sua graça” (QUEIROZ, 1998, p.14).
A Minaret, que era uma túnica em forma de abajur, a saia funil,
que exigia da mulher passos curtíssimos, o trotteur (tailler de corte
masculino) e para fazer uso dele, foi necessário subir a barra da saia até o
calcanhar, fato que escandalizou que provocou espanto nas pessoas conservadoras
da época. As calças odalisca e culote são precursoras das pantalonas e de
outros modelos de calças atuais. Observando que de início estes trajes não eram
aceitos por todas as mulheres, mas sim por atrizes e mulheres mais ousadas.
A Minaret, que era uma túnica em forma de abajur, a saia funil,
que exigia da mulher passos curtíssimos, o trotteur (tailler de corte
masculino) e para fazer uso dele, foi necessário subir a barra da saia até o
calcanhar, fato que escandalizou que provocou espanto nas pessoas
conservadoras da época. As calças odalisca e culote são precursoras das
pantalonas e de outros modelos de calças atuais. Observando que de início
estes trajes não eram aceitos por todas as mulheres, mas sim por atrizes e
mulheres mais ousadas.
Tudo isso faz com que Poiret possa ser considerado o primeiro
designer do século, estampando com a sua marca todos os seus projetos e
conseguindo vender tudo, desde acessórios, perfumes, roupas a peças de
decoração de interiores. Sua maison, que comercializava todos os seus
produtos, tinha uma decoração extravagante, considerada vanguardista, assim
como a maioria de suas criações, de suas festas e de sua vida da qual pôde
conduzir até ser convocado para a Primeira Guerra Mundial, anunciando o fim
de sua fantástica carreira.
Com o início da Primeira Guerra Mundial, Poiret teve que se
afastar para servir o exército. Foi uma de suas piores fases. Por constar em
seus documentos a profissão de alfaiate, teve que arrumar os uniformes dos
soldados, tarefa nada fácil para ele que não sabia costurar. Desenhou fardas
mais práticas e com menos tecidos. Passou a ser chefe de produção, mas o
temperamento genioso o colocava em constantes dificuldades.
Poiret deixou a sua casa de forma a servir o
exército. Quando voltou, em 1919, a empresa estava à beira da
falência. Novos estilistas como Chanel estavam produzindo roupas
simples e elegante que tinham um excelente acabamento. Poiret, cada vez
mais impopular, em dívida, e sem apoio de seus parceiros de negócios, logo
deixou o império de moda que ele havia estabelecido, em 1929, a casa foi
fechada, o seu estoque restante vendido por quilograma como
trapos. Quando Poiret morreu em 1944, seu gênio tinha sido
esquecido, seu caminho para a pobreza levou a fazer biscates, incluindo
trabalho como pintor de rua, vendedor de desenhos para clientes de cafés de
Paris. Ao mesmo tempo, o "Chambre Syndicale de la Haute Couture
'discutido proporcionando um subsídio mensal para ajudar Poiret, uma ideia
rejeitada pelo Worth, na época presidente do grupo. Só a ajuda de sua
amiga Elsa Shiaoarelli impedido que o seu nome seja completamente
esquecimento, e foi Schiaparelli que pagou por seu enterro.
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