Paul Poiret. - RENATA FONSECA

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Paul Poiret.

Olá pessoal!!

Um tempo atrás, se eu não me engano, visitando o museu do Traje e do têxtil no Instituto Feminino vi um vestido de Paul Poiret e fiquei encantada e curiosa para saber um pouco mais sobre este estilista.

Paul Poiret (1879 - 1944)




O costureiro que libertou a mulher do espartilho Paul Poiret (20 de abril de 1879, Paris, França – 30 de abril de 1944, Paris) foi um designer de moda francês durante as duas primeiras décadas do século 20. Suas contribuições para o seu campo ter sido comparado ao legado de Picasso na arte do século 20.

Quando adolescente Poiret levou seus esboços para  Louise Chéruit, uma costureira de destaque, que comprou uma dúzia dele. Poiret continuou a vender seus desenhos para grandes casas de costura parisiense, até que ele foi contratado por Jacques Doucet, em 1896.  Seu primeiro projeto, uma capa de pano vermelho, vendeu 400 cópias.  Poiret mais tarde mudou-se para a  House of Worth, onde foi responsável por projetar vestidos simples e práticos.  A "modernidade bronze de seus projetos", no entanto, provou ser demais para a clientela conservadora de Worth. 

Com apenas 24 anos em 1903 Poiret estabeleceu a sua própria casa. A França deste período vivia a tendência do orientalismo. A apresentação da peça Shérazade (balé russo) cujos figurinos eram assinados por Léon Bakst, deu início a esta tendência. As cores fortes, as calças odaliscas e os tecidos brilhantes passaram a fazer parte das criações de Poiret.

Desejava revigorar a moda do seu tempo, ou seja, não havia nenhuma preocupação com a saúde, mas sim com a estética da silhueta feminina. Para o costureiro a beleza da mulher deveria ser vista de forma natural e como suporte bastaria usar o soutien e uma cinta. O soutien moderno e a calcinha (caçelons) confeccionada de seda e algodão menos volumosa são suas criações.






Para a mulher que precisava usar todos os dias o apertado espartilho, foi uma revolução. Poiret ficou conhecido por liberar as mulheres desse incômodo acessório. Agora ao invés de espartilhos, a mulher poderia usar ligas e soutiens.

Poiret desbancou a moda ostentativa predominante desde século XVI, disse certa vez para a revista Vogue (1913): “Vestir uma mulher não é cobri-la com ornamentos, mas sim sublinhar o significado de seu corpo e realçá-lo, envolver a natureza em um contorno capaz de acentuar sua graça” (QUEIROZ, 1998, p.14).

A Minaret, que era uma túnica em forma de abajur, a saia funil, que exigia da mulher passos curtíssimos, o trotteur (tailler de corte masculino) e para fazer uso dele, foi necessário subir a barra da saia até o calcanhar, fato que escandalizou que provocou espanto nas pessoas conservadoras da época. As calças odalisca e culote são precursoras das pantalonas e de outros modelos de calças atuais. Observando que de início estes trajes não eram aceitos por todas as mulheres, mas sim por atrizes e mulheres mais ousadas.




A Minaret, que era uma túnica em forma de abajur, a saia funil, que exigia da mulher passos curtíssimos, o trotteur (tailler de corte masculino) e para fazer uso dele, foi necessário subir a barra da saia até o calcanhar, fato que escandalizou que provocou espanto nas pessoas conservadoras da época. As calças odalisca e culote são precursoras das pantalonas e de outros modelos de calças atuais. Observando que de início estes trajes não eram aceitos por todas as mulheres, mas sim por atrizes e mulheres mais ousadas.

Tudo isso faz com que Poiret possa ser considerado o primeiro designer do século, estampando com a sua marca todos os seus projetos e conseguindo vender tudo, desde acessórios, perfumes, roupas a peças de decoração de interiores. Sua maison, que comercializava todos os seus produtos, tinha uma decoração extravagante, considerada vanguardista, assim como a maioria de suas criações, de suas festas e de sua vida da qual pôde conduzir até ser convocado para a Primeira Guerra Mundial, anunciando o fim de sua fantástica carreira.

Com o início da Primeira Guerra Mundial, Poiret teve que se afastar para servir o exército. Foi uma de suas piores fases. Por constar em seus documentos a profissão de alfaiate, teve que arrumar os uniformes dos soldados, tarefa nada fácil para ele que não sabia costurar. Desenhou fardas mais práticas e com menos tecidos. Passou a ser chefe de produção, mas o temperamento genioso o colocava em constantes dificuldades. 

Poiret deixou a sua casa de forma a servir o exército.  Quando voltou, em 1919, a empresa estava à beira da falência.  Novos estilistas como Chanel estavam produzindo roupas simples e elegante que tinham um excelente acabamento. Poiret, cada vez mais impopular, em dívida, e sem apoio de seus parceiros de negócios, logo deixou o império de moda que ele havia estabelecido, em 1929, a casa foi fechada, o seu estoque restante vendido por quilograma como trapos. Quando Poiret morreu em 1944, seu gênio tinha sido esquecido, seu caminho para a pobreza levou a fazer biscates, incluindo trabalho como pintor de rua, vendedor de desenhos para clientes de cafés de Paris. Ao mesmo tempo, o "Chambre Syndicale de la Haute Couture 'discutido proporcionando um subsídio mensal para ajudar Poiret, uma ideia rejeitada pelo Worth, na época presidente do grupo. Só a ajuda de sua amiga  Elsa Shiaoarelli impedido que o seu nome seja completamente esquecimento, e foi Schiaparelli que pagou por seu enterro.


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