Mulher na história: Elizabeth Taylor Greenfield - RENATA FONSECA

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Mulher na história: Elizabeth Taylor Greenfield

Olá pessoal!

Sempre posto aqui mulheres que fizeram história.

Hoje é a vez de Elizabeth Greenfield.


"O Cisne Negro": A soprano negra que desafiou as regras sobre quem podia cantar ópera no séc. XIX.

Elizabeth Greenfield, apelidada de "O Cisne Negro", foi uma cantora afro-estadunidense, considerada a melhor artista musical negra de seu tempo e a primeira a alcançar sucesso nos Estados Unidos e em outros países. 

Greenfield nasceu escrava, no Mississippi, mas foi adotada ou herdada enquanto criança por outra mulher, Elizabeth Greenfield, uma quaker da Filadélfia. A mãe da criança era de ascendência indígena e seu pai era negro. Sua dona mudou-se para a Filadélfia e emancipou seus escravos.

Ela estudou música quando era criança, apesar de ser proibido pelos quakers com quem ela estava. A partir daí, começou a cantar em festas particulares. Seu show de estréia foi em 1851 na Associação Musical de Buffalo. De 1851 a 1853 ela viajou em turnê gerenciada pelo Coronel J. H. Wood.

Em 1853, ela estreou no Metropolitan Hall, em Nova York, que teve um público de quatro mil pessoas, todas brancas. Após o concerto, Greenfield pediu desculpas aos afro-estadunidenses por sua exclusão do espetáculo e deu um show para beneficiar o Lar de Idosos Negros e o Asilo de Órfãos Negros.

Em abril de 1853, ela foi para Londres, sob o patrocínio da Duquesa de Sutherland e Harriet Beecher Stowe. Greenfield recebeu aulas do organista da Rainha Victória, George Smart. Ela se apresentou para Rainha Victoria no Palácio de Buckingham em 10 de maio de 1854; ela foi a primeira artista negra a apresentar-se ante a realeza.

Mais conhecida por suas performances da música de George Frideric Handel, Vincenzo Bellini e Gaetano Donizetti, ela também apresentou canções sentimentais norte-americanas.

Ao voltar aos Estados Unidos, ela realizou turnês dirigiu um conservatório de música na Filadélfia. Entre seus alunos esteve Thomas Bowers, que se tornou conhecido como "O Mario Colorido" e "O Mario Americano" pela semelhança de sua voz com a do tenor de ópera italiano Giovanni Mario. Na década de 1860, ela criou uma trupe ópera com Bowers, que ela dirigiu. 

Greenfield morreu de paralisia na Filadélfia, em 31 de março de 1876. Ela era um membro da Igreja Batista Shiloh na Filadélfia.

FONTE:

Obituary - Elizabeth Taylor Greenfield, The New York Times (New York, New York), 2 de abril de 1876, página 2, 


Fotografias da História



Nenhum comentário:

@renatafashionfonseca