Olá pessoal!
Vamos conhecer um pouco do estilista Lacroix.
Christian Marie Marc Lacroix nascido em 16 de maio de 1951 em Arles,
França, foi um dos estilistas mais influentes da moda na segunda metade da
década de 80 do século XX.
Em 1969, ele foi morar em Montpellier, para estudar história da arte,
passando mais tarde pela Sorbonne e pela Escola do Louvre. Em Paris, antes de
encontrar sua profissão definitiva, e apenas dez dias depois de sua chegada,
ele conheceu numa festa uma jovem chamada Françoise Rosensthiel. Foi paixão à
primeira vista, ainda mais porque Françoise materializava exatamente a mulher
ideal com a qual Lacroix sempre sonhara - pequena, pálida, de cabelos
acobreados. E foi através dela, afinal, que o mundo da moda chegou a ele.
Lacroix desenhou um convite para uma festa de aniversário de uma amiga de
Françoise, Nicole, que logo viu naqueles traços tudo o que um estilista de moda
precisa ter - personalidade, ousadia, criatividade.
Com seus desenhos sendo rapidamente notados e transformados em croquis de
moda, tornou-se modelista da Maison Patou. A grife, então decadente, a partir
de sua entrada tornou-se rapidamente uma sensação. Público e imprensa não
poupavam elogios ao jovem talento. O sucesso do seu trabalho na Patou fez com
que um grupo financeiro se interessasse em fundar uma casa de costura e uma
marca com o seu nome em 1987. No final dos anos 80, quando a simplicidade e o
minimalismo começavam a dominar a moda, os seus modelos em cores vivas,
estampados vibrantes, bordados elaborados, misturas de tecidos e silhuetas
volumosas trouxeram um novo fôlego e de certa forma otimismo à indústria da
moda. Desde 1989 começou a desenhar a sua linha de prêt-à-porter.
Christian Lacroix é um dos mais respeitados estilistas em todo o mundo,
fazendo moda para mulheres e homens, além de uma linha de acessórios, explorou
ainda outros nichos de mercado, indo além das coleções de vestuário e para
casa. Em 2002 lançou seu primeiro perfume, o Bazar, criado em parceria com
Bertrand Duchaufor, Jean-Claude Ellena e Emilie Copperman.
Anos mais tarde, em 2007, firmou parceria com a empresa de cosméticos
Avon, assinando uma coleção exclusiva denominada Christian Lacroix Rouge, com
uma fragrância para homens e outra para mulheres. Mais tarde, expandiu sua
coleção junto à marca com o lançamento do Christian Lacroix Absynthe em 2009, e
com o Christian Lacroix Nuit em 2011.
Em busca da rentabilidade, o estilista lançou no início dos anos 90 uma
coleção prêt-à-porter de luxo, com as linhas Bazar e Jeans, além de acessórios,
e uma linha para casa, a Art de La Table, com tecidos, louças e objetos para
decoração. Essa última permanece até hoje com sucesso. Em 2005, a LVHM decidiu
vender a Maison Lacroix para o Grupo Falic e, sem conseguir atender às
expectativas dos novos donos, o estilista anunciou seu último desfile em 2009.
Com a falência em curso, a despedida causou comoção no mundo da moda. E
foi com a ajuda de amigos que fez as roupas, usando restos de tecido catados
pela maison. Ainda assim, a coleção brilhou e o desfile foi um sucesso, com
Lacroix sendo aplaudido de pé e prometendo continuar “com um pequeno ateliê”.
As roupas de Lacroix permanecem com sua característica original, de
teatralizar a moda, em vestidos que são obras de arte, mas muito pouco usáveis
por uma mulher cosmopolita. Para ele, mudar isso seria abandonar sua visão de
como a moda deveria ser. No entanto, segundo o seu site, atualmente há mais de
5 mil pontos de venda de produtos Lacroix em todo o mundo que se integram à
vida moderna, como óculos, bijuterias, echarps, além de uma linha voltada ao
público masculino.
Ao longo da carreira, seu trabalho foi duas vezes reconhecido com o Dedal
de Ouro, o Oscar da alta-costura francesa: em 1986 e 1988. Lacroix também foi
nomeado pela Council of Fashion Designers of America o estilista mais influente
do país, em 1987.
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