Cenário e figurino da novela Meu pedacinho de chão. - RENATA FONSECA

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Cenário e figurino da novela Meu pedacinho de chão.

Olá pessoal!

Desde o primeiro capítulo fiquei encantada pelo figurino e cenografia da novela Meu pedacinho de chão. O cuidado utilizando matérias recicláveis, os animais são todos mecânicos, o colorido na maquiagem, cabelo, cenário e figurino parece um sonho. 

Pesquisei um pouco sobre a novela.

Com texto de Benedito Ruy Barbosa e direção de Luiz Fernando Carvalho. Remake da obra homônima do mesmo autor, a trama ganha ares de fábula nessa releitura lírica da primeira novela educativa da TV Globo, em parceria com a TV Cultura, que foi ao ar em 1971.

O realismo da primeira versão - ainda em preto e branco - agora dá lugar a uma história lúdica ambientada na fantástica Vila de Santa Fé, uma cidadezinha do interior saída dos sonhos e da imaginação dos protagonistas, os pequenos Serelepe (Tomás Sampaio) e Pituca (Geytsa Garcia), cheia de cores e sons como que saídos dos contos de fadas.
Com estética atemporal e sem nenhum compromisso com a realidade, o folhetim vai mostrar os conflitos do vilarejo, que começam a partir da abertura da escola e chegada da professorinha Juliana (Bruna Linzmeyer). O Coronel Epa (Osmar Prado), latifundiário da região e pai de Pituca, se opõe ao progresso em todas as suas formas e por isso luta contra Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi), seu desafeto, por ele ser a favor da modernidade e ter doado parte de suas terras para a construção de comércios, de uma capela e da própria escolinha, a primeira da cidade.


Cenário e figurino



Uma vila inteira de brinquedo é reproduzida no cenário da trama, com 28 prédios revestidos em lata, remetendo ao material utilizado por antigos brinquedos do século XIX. Para causar este efeito, o artista plástico Raimundo Rodriguez, diretor de arte da novela, utilizou latões de tinta reciclados, abertos, desamassados e pregados uns nos outros. A caracterização dos personagens também passeia pelo mundo do fantástico e têm referências de mangás, trazendo cabelos cor-de-rosa e azuis, roupas extravagantes e com de cores vibrantes.

As latas foram um pedido do diretor Luiz Fernanda de Carvalho, que quis revestir toda a cidade cenográfica com o material. A cobertura então ficou a cargo do cenógrafo Raimundo Rodriguez, que comandou uma equipe de artesãos e operários para realizar o trabalho. "Foram usadas cerca de 20 toneladas de latas de tinta abertas, dobradas, cortadas, pigmentadas, marteladas, planificadas", contou Rodriguez.

Segundo o cenógrafo, também foi tomado um cuidado especial para deixar cada casa diferente da outra: "Cada casa tem sua própria cor, sua própria personalidade, seu próprio desenho, estabelece sua própria relação com o personagem.  Não tem uma parede igual à outra, não tem uma casa igual à outra, não tem uma cor igual à outra, tudo é muito original para cada casa".

Para decorar as casas, o produtor de arte Marco Cortez garimpou objetos do final do século 19 e início do século 20 em antiquários e também visitou o Saara, popular centro de compras do Rio de Janeiro.
"Na casa de Epa [Osmar Prado], que é um homem que ostenta dinheiro e poder, os objetos são mais luxuosos, opulentos. Há muita porcelana, quadros, obras de arte e peças de cama, mesa e banho feitos com materiais nobres como seda e rendas elaboradas, mas também por cortinas de plástico adquiridas no Saara", exemplificou Cortez.





A figurinista Thanara Schonardie quis dar uma forma lúdica e atemporal para suas roupas, criando, assim, um mundo mágico.

Os visuais foram inspirados nos séculos XVIII e XIX, mas com a mistura de diversos materiais, como  rendas, cartolas, tecidos tecnológicos, vinil, borracha, plástico, bolinhas de ping-pong, toalhas de mesa de plástico e até cortinas de banheiro. Boa parte dos looks foi feita à mão.
Um exemplo é Madame Catarina (Juliana Paes). “Juliana Paes, por exemplo, que interpreta Madame Catarina, segundo a visão do diretor Luiz Fernando Carvalho, contém várias mulheres numa só. Ela carrega consigo a força e a intensidade do feminino. Por este motivo, ela se veste cada dia de um jeito diferente, como se fosse uma Maria Antonieta. Para a atriz, usamos uma quantidade menor de elementos de plástico e caprichamos mais nas rendas. Ela usará bustle, com várias camadas em degradê, representando essa personalidade múltipla. Já o personagem de Irandhir Santos, o Zelão - que é um homem mais bruto, próximo do universo do desenho animado e das histórias em quadrinho -, será quase integralmente de plástico e com cores primárias”, contou a figurinista.

Para completar o visual de Madame Catarina, a caracterização também entrou em cena para mostrar a exuberância da personagem, que usa muita maquiagem, unhas pintadas e diversas perucas.
A caracterização ainda é um destaque em Coronel Epa (Osmar Prado), que usa costeletas e bigode estilo Dom Pedro, e peruca para dar volume na lateral do cabelo. Bruna Linzmeyer, como Juliana, representa o amor e teve que tingir os fios de rosa para dar um ar de boneca. Enquanto isso, Johnny Massaro, o Ferdinando, tem um trabalho maior. “Ele usará lentes de contato azul e dreads em tom aloirado para compor o personagem, que é um homem mais moderno, que estudou fora”, contou Rubens Liborio, responsável pela caracterização da novela.


http://www.purepeople.com.br/famosos/meu-pedacinho-de-chao_p3125
http://www.purebreak.com.br/noticias/em-meu-pedacinho-de-chao-veja-quais-as-inspiracoes-para-criar-a-trama/3986

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